terça-feira, 29 de setembro de 2009

Espiritos

Espíritos são os seres inteligentes que habitam o Universo, quer estejam encarnados ou desencarnados. Todos nos somos espíritos.
Quando encarnados, possuímos corpo material e corpo espiritual(perispirito) Desencarnados, conservamos apenas o corpo espiritual.
O grau de evolução em que nos encontramos ainda não nos permite saber o modo e a época da criação dos espíritos.
Já sabemos, porem, que os espíritos :
- são seres inteligentes criados por Deus;
- tiveram um principio(não são eternos) mas não terão fim (são imortais) ;
- resultam de individualização do principio inteligente (assim como os seres orgânicos são a individualização do principio material).
Do principio inteligente sempre estão se individualizando espíritos. E, neste sentido, podemos dizer que a criação de espíritos por Deus e permanente e Deus sempre os criou, continua criando e criara sempre.
Os espíritos são :
Incorpóreos - entretanto, são alguma coisa; substancia quintessenciada, sutil, etérea;
Indivisíveis - não podem se dividir para estar em dois lugares ao mesmo tempo. Mas irradiam suas forcas e seus pensamentos, agindo com eles a distancia, e suas irradiações e efeitos podem ser então captadas. Com isso, dão as vezes a impressão de estarem em dois lugares diferentes ao mesmo tempo.
O espirito (ser espiritual, inteligente) não tem forma definida para nos. Analisando-o pelos seus efeitos, podemos dizer que ele e um clarão, uma chama, uma centelha etérea. Essa centelha tem uma colocarão que vai desde o aspecto escuro e opaco ate uma cor brilhante e clara, conforme a evolução do espirito.
O Espirito não tem sexo (na forma como entendemos o sexo na organização material). Não são diferentes os espíritos que animam os homens dos que animam corpos femininos. O espirito encarna, com o sexo que melhor convém a tarefa que necessita realizar naquela existência; e lhe compete usar com equilíbrio, respeito e correção a forma corpórea que lhe foi concedida.
Os espíritos podem movimentar-se com a rapidez do pensamento; também podem percorrer mais devagar um espaço, observando o caminho percorrido.
A matéria (água, fogo, ar, etc.) não constitui obstáculo para o espirito.
Deus nada cria inutilmente. No conjunto da vida universal, cada ser tem uma função natural a desempenhar, função que, por mais simples que seja, e sempre valiosa e importante.
Os espíritos, criados que são por Deus, também tem, portanto, um papel determinado e útil dentro da Criação. A função que exercem e de acordo com sua capacidade; as funções vão desde a simples animação da matéria ate o executar das ordens de Deus para a manutenção da harmonia universal.
O espirito encarna quando se une a matéria formando um corpo para nascer num mundo material.
O espirito pode encarnar neste ou em outros mundos que correspondam ao seu grau de evolução. Seu corpo se formara de acordo com a matéria e leis do mundo que vai habitar.
No mundo em que encarna, o espirito e um agente sobre a matéria de que esse mundo se compõe e sobre os seres que o habitam.
Exercendo seu papel no Universo, os espíritos evoluem, isto e, desenvolvem e aprimoram suas faculdades; e, quanto mais evoluem, mais usufruem de suas faculdades.
Deus (que e soberanamente justo e bom) estabeleceu igualdade no processo de evolução para todos os espíritos, de tal modo que todos tem:
- um mesmo ponto de partida (todos criados simples e ignorantes);
- as mesmas condições básicas (todos com as mesmas qualidades em potencial) a serem desenvolvi-das com seu próprio trabalho e ao longo do tempo;
- a mesma destacando (todos rumam para a situação de espirito puro) : a perfeição e a felicidade. Na Terra, a ligação do espirito com a matéria começou ha muitos e muitos milênios. De inicio, produziu formas minerais, passando depois as vegetais, as animais, ate atingir a formação da espécie humana. Nessa trajetória evolutiva, o principio inteligente foi exercitando suas faculdades; da irritação, passou a sensibilidade, desta ao instinto e do instinto a inteligência, quando, no dizer de André Luiz, alcançou o "pensamento continuo", o circuito completo para a onda mental. Do grau de humanidade, estamos rumando para um novo estado : a angelitude.
Espirito errante e aquele que se encontra no plano espiritual, aguardando nova encarnação num mundo corpóreo, ao qual ainda esta ligado.
Erraticidade e o estado do espirito nesse intervalo entre duas encarnações.
O espirito que esta na erraticidade :
- e mais ou menos feliz (conforme foi sua existência no mundo material);
- pode ali permanecer apenas algumas horas ou por milhares de anos;
- progride, adquirindo conhecimentos, modificando suas idéias sobre a vida;
- ainda terá de reencarnar (cedo ou tarde) para experiências e provas nos mundos materiais, onde ira por em prática o que aprendeu, cumprindo seu papel no Universo e continuando seu progresso.
Obs: A condição, situação e possibilidades do espirito dependem sempre de seu estado evolutivo, variando conforme o seu grau de progresso.

Perispirito
Perispirito e o envoltório semi-material do espirito, também denominado de corpo fluídico ou corpo espiritual, segundo a Doutrina Espírita, é o elemento intermediário entre corpo e espírito.
O termo perispírito foi cunhado por Allan Kardec, e encontra seu primeiro uso no comentário que segue o item 93 de O Livro dos Espíritos:
O Espírito, propriamente dito, nenhuma cobertura tem, ou, como pretendem alguns, está sempre envolto numa substância qualquer?
“Envolve-o uma substância, vaporosa para os teus olhos, mas ainda bastante grosseira para nós; assaz vaporosa, entretanto, para poder elevar-se na atmosfera e transportar-se aonde queira.”
Segue-se a esse trecho o seguinte comentário de Kardec: “Envolvendo o gérmen de um fruto, há o perisperma; do mesmo modo, uma substância que, por comparação, se pode chamar perispírito, serve de envoltório ao Espírito propriamente dito”.
A partir daí Kardec se ocupou de buscar fundamentação para essa hipótese, estudando as propriedades daquilo que à época recebia o nome de “fluidos” (eletricidade, magnetismo, calor), e ampliando a pesquisa para o que chamou de “fluidos psíquicos” ou “espirituais”. Concluiu que o perispírito seria um corpo fluídico que envolve o espírito na condição de ente “semimaterial”. Mais “grosseiro” que o espírito e mais “sutil” que o corpo, seria o responsável, entre outras funções, pela transmissão da vontade daquele para este e das sensações do corpo para o espírito. Seria constituído a partir de modificações particulares do “Fluido Cósmico Universal”, que Kardec defendia ser a matéria primordial de que se compõe o universo.
Outras concepções
Conservando a nomenclatura original, muitos adeptos da Doutrina Espírita definem hoje o perispírito como um “corpo” dotado de “centros de força“, adotando para estes praticamente as mesmas definições que a Teosofia e outras doutrinas baseadas nos ensinamentos orientais elaboraram para o Corpo Astral e os Chakras.
O perispírito teria, assim, a função de “modelar” o corpo físico(chamado de soma), de forma que cada centro de força corresponderia a uma glândula e estaria intimamente ligado ao sistema nervoso, através do qual conduziria ao corpo as deliberações do espírito, e a este transportaria as impressões sensoriais.
Desempenharia, também, o importante papel de elo entre o espírito comunicante e o espírito encarnado nos fenômenos mediúnicos.
O perispírito emitiria ainda, segundo alguns, “vibrações”, transformando os “fluidos semi-materiais”, de acordo com os pensamentos: poderia, assim, variar da “luminosidade mais elevada” até aspectos mais “repugnantes”, consoante a “qualidade” de quem os emite.
O perispirito tem sua origem no fluido cósmico universal, retirado do mundo ou plano ao qual o espirito esta relacionado.
Como o corpo de carne, e também matéria mas em estado diferente, mais sutil, quintessenciada; não e rígida como a do corpo físico mas, sim, flexível e expansível, o que torna o perispirito muito plasmavel sob a ação do espirito.
As Funçoes são:
1) Liga o espirito a matéria (neste como em outros mundos) e a ele serve de instrumento para agir (sobre o plano fluídico ou o material).
2) E o molde, a forma do ser corpóreo. Preexiste ao corpo físico e a ele sobrevive, guardando o registro dos efeitos de toda a ação do espirito.
Perispirito e encarnação:
Para o espirito encarnar: Um laço fluídico (que e uma expansão do perispirito) liga-se ao ovulo fecundado e vai presidindo a multiplicação das células, uma a uma dirigindo a formação do corpo. Quando este se completa, esta inteiramente ligado ao perispirito, "molécula a molécula".
Obs: Do ponto de vista espirita, portanto, desde a fecundação do ovulo, um espirito se ligou a ele e esta trabalhando para formar o corpo de que precisa para viver neste mundo e continuar sua evolução. Sabendo disso, não provocar o aborto, para respeitar o direito de viver do espirito reencarnante, que e um nosso irmão ante Deus.
Durante a encarnação o perispirito serve de intermediário entre o espirito e a matéria, transmitindo ao espirito as impressões dos sentidos físicos e comunicando ao corpo as vontades do espirito.
Ao desencarnar quando o corpo físico morre, o perispirito dele se desprende e continua servindo ao espirito, como seu corpo fluidico que e e como seu intermediário para com o plano espiritual ou material.
E pelo perispirito que os espíritos se identificam e reconhecem uns aos outros, no plano espiritual.
O perispirito prova a imortalidade da alma. E ele(e não o espirito em si) que vemos nas aparições e visões; e é ele que serve de instrumento para as manifestações do espirito aos nossos sentidos.
Geralmente e a aparência da ultima encarnação que o perispirito guarda. Mas essa aparência pode ser modificada(se o espirito quiser e souber como), porque a substancia sutil do perispirito e maleável, plasmavel.
Sua Evolução
O perispirito acompanha sempre o espirito; em todas as etapas de sua evolução.
Mas vai se tornando mais etéreo, a medida que o espirito se depura e eleva. Nos espíritos puros já se tornou tao etéreo que, para os nossos sentidos, e como se não existisse.
Conforme a evolução do espirito, seu perispirito apresentara diferente:
Peso - que o fixa a um plano de vida espiritual em companhia dos que lhe são semelhantes;
Densidade - que responde pela maleabilidade; a expansão do perispirito e tanto maior quanto mais rarefeito e mais sutil ele for;
Energia - que se revela na luminosidade e irradiação, maior quanto mais evoluído for o espirito.
A contextura do perispirito não e idêntica para todos os espíritos, ainda que sejam de um mesmo mundo. Isto porque a camada fluídica que envolve um mundo não e homogênea(toda igual) e o espirito, ao formar seu perispirito, dela atraíra os fluidos mais ou menos etéreos, sutis, segundo suas possibilidades.
Espíritos inferiores tem perispirito mais grosseiro e, por isso ficam imantados ao mundo que habitam, sem se poderem alçar a planos mais evoluídos. Alguns chegam a confundir seu perispirito(de tao grosseiro que e) com o corpo material e a sentir sensações semelhantes as do frio, calor, fome, etc.
Os espíritos superiores, ao contrario, podem livremente ir a outros mundos, fazendo mutações em seu perispirito, conforme o tipo fluídico do mundo aonde vão.

Corpo Fisico
O corpo e o instrumento que o Espirito usa para atuar nos mundos materiais. Precisa, portanto, atender as necessidades dele, aos objetivos que ele traz ao encarnar. O corpo e considerado um produto ideoplastico do espirito; logo após a fecundação, o espirito reencarnante une-se, por um cordão fluídico, ao ovo e, por meio dele, influencia automaticamente a formação do embrião e do feto; por isso, o estado de perturbação ou embotamento da consciência não impede que o espirito imprima suas características básicas em o novo ser. Consequentemente, o organismo reflete o estado daquele.As doenças físicas, em suma, não passam de distúrbios do perispirito transpostos para a carne, que promove o tratamento das imperfeições do espirito em si. Dai deriva a importante função das moléstias na vida do Espirito eterno.Merece, em vista disso, o corpo material o nosso cuidado. Ele e uma concessão da Bondade Divina, em vista de dificilmente o nosso comportamento torna-lo um direito, por méritos adquiridos. Assim, recebemo-lo ajustado as nossas necessidades evolutivas, porquanto, os mentores da Esfera Superior produzem nele (atuando sobre os cromossomas do ovo) as alterações indicadas para nossa futura melhoria: aqui, uma lesão numa válvula do coração, ali um diabete, acolá um intestino preso ou uma perna curta, etc. De sorte que, alem das inferioridades que cada um impõe ao seu corpo por pertencerem ao espirito, pode haver defeitos impostos por necessidades expiatórias.

Ectoplasma
Significa: - (do grego ektos – por fora e plasma – da forma modelar)
O ectoplasma é substância amorfa, vaporosa, com tendência à solidificação e tomando forma por influência de um campo organizador específico a mente dos encarnados e desencarnados. Facilmente fotografado, de cor branca-acinzentada, vai desde a névoa transparente à forma tangível. O Ectoplasma está situado entre a matéria densa e a matéria perispíritica(duplo etéreo), pode ser comparado à genuína massa protoplasmática, sendo extremamente sensível, animado de princípios criativos, que funcionam como condutores de eletricidade e magnetismo, mas que se subordinam, invariavelmente, à vontade do médium, que os exterioriza ou dos Espíritos desencarnados ou não, que sintonizam com a mente mediúnica.O ectoplasma seria substância originária no protoplasma* das usinas celulares. O Ectoplasma doado pelo médium depois da moldagem pelo processo de condensação, voltará à sua fonte por mecanismo inverso.

Duplo Eterico
1. Conceito
duplo etérico é um invólucro energético,vibratório, luminoso, vaporoso e provisório que coexiste estruturalmente com o corpo físico e o circunvolve. Está ligado a doação ou exteriorização de energias pois no duplo etérico é que se situam os chakras ou centros de força. O duplo etérico tem importante papel nas terapias energéticas. É muito confundido com o perispírito ou corpo astral.
2. Localização
o corpo etérico é o agente intermediário entre o corpo físico e o perispírito (corpo astral).
3. Composição
é constituído por fluido vital (energia vital ou prana) daí a denominação corpo vital. Este fluido, originado do fluido cósmico universal absorvido pelas moléculas orgânicas confere o atributo da vida
4. Para-anatomia do duplo etérico
5.1 limites
os limites plásticos do corpo humano são ultrapassados em cerca de 1 cm pelo corpo etérico
5.2. Textura
típica dos elementos fluídicos, mais densa nos indivíduos primitivos e mais sutil e delicada nos seres humanos espiritualmente mais evoluídos.
5.3 forma
Humanóide, com grande elasticidade.
5.4 coloração
branca ou acinzentada.
5.5 estrutura
não possui órgãos como o Astral.
Possui regiões denominadas chakras ou centros de força que captam energia cósmica distribuindo-as para o corpo físico (rebaixamento vibratório) e para o perispírito ( ou corpo astral ) por aceleração vibratória.
Os chakras são interligados por nadis ou canais que permitem circular as energias.
Obs: o passe sobre o chakra coronário, pelos nadis, chega ao local necessitado
6. Parafisiologia do duplo etérico
6.1 função básica
o corpo etérico é o veículo e a reserva da nossa energia vital, absorve o fluido vital e o distribui pelo corpo humano além de o transformar em fluidos sutis enviando-os ao corpo astral (perispírito).
6.2 produção de ectoplasma
o corpo etérico é o principal responsável pela elaboração do ectoplasma, portanto participa direta-mente na mediunidade de efeitos físicos e materialização dos espíritos.
6.3. Exteriorização de energias
nos processos de irradiação, passes magnéticos e similares há projeção de energia vital do corpo etérico em direção ao paciente.
Magos, médiuns, paranormais, feiti-ceiros, etc, usam ( conscientemente ou não ), a projeção seu c. Etérico com finalidade terapêutica ou criminosa.
6.4 não há lucidez da consciência
o corpo etérico não atua como veículo separado, individual, para a manifestação da consciência, nem está apto para captar informações por não ter paracérebro ( ao contrário do corpo astral = perispírito ) .
6.5 programação do tempo de vida
o duplo etérico traz, em si, a programação do tempo de vida física do indivíduo. O d. Etérico possui um “quantum” de energia vital.
6.5.1 Desgaste Natural
6.5.2 Reposição
a) Respiração
b) Alimentação
c) Passe ou Irradiação
d) Absorção pelo Chacra Esplênico
6.5.3 Desgaste Precoce
a) Vícios
b) Suicídio
o suicida sofre: filosoficamente por transgredir a lei; cientificamente: não havendo esgotamento dos órgãos há retenção de fluido vital e o perispírito pode permanecer ligado ao cadáver.
6.6 fixação do corpo astral ao
c. Físico
6.6.1. O Perispírito (C. astral) une-se ao corpo físico, molécula à molécula pelo C. Etérico.
6.6.2. Na Encarnação o Fluido Vital do óvulo já fixa as energias perispirituais do reencarnante. (
6.6.3 Na fecundação, milhões de espermatozóides excedentes fornecem a energia vital para a constituição inicial do c. etérico o qual fixará o c. astral ao embrião.
6.6.4 Com as enfermidades e o falecimento dos órgãos não há mais fixação do fluido vital, o desprendimento progressivo do mesmo determina a morte ou seja o desligamento do corpo astral do corpo físico.
6.7 manutenção das formas pensamento
Formas pensamentos são emanações mentais nossas ou de desencarnados que são vivificadas por massas de Fluido vital.
Também conhecidas como “Cascões Astrais” na Teosofia. Por serem vitalizadas mantém-se c/ vida vegetativa temporária).
O perispírito é para o Espírito o que o corpo físico é para o homem, só por si, não é o Espírito, porquanto o perispírito não pensa.
Perispírito - (do grego: em torno, e do latim: Spiritus, alma, espírito) é o envoltório sutil e perene da alma, que possibilita sua interação com os meios espiritual e físico. Empregada pela primeira vez por Allan Kardec, no item 93 de “O Livro dos Espíritos”. Alma e perispírito constituem o espírito.
O homem é um ser triplo:
-Espírito;
-Perispírito
-Corpo físico

Ovóides
Segundo alguns adeptos do espiritismo, sob certas condições, o perispírito poderia sofrer uma deformação que lhe emprestaria um formato ovóide. O processo é conhecido como ovoidização e, ainda segundo os defensores da idéia, estaria ligado a impulsos autodestrutivos, de vingança, e ao desejo de não permanecer no mundo espiritual.A ovoidização é uma das mais pungentes enfermidades que pode acometer o espírito depois da morte. Consiste na perda da consciência ativa, quando o “eu” consciente desmorona-se completamente, em decorrência de atrozes sofrimentos, voltando-se sobre si mesmo, anulando-se e perdendo todo o contato com a realidade. A atividade consciente da alma entra em letargia, refugiando-se nas camadas do subconsciente. O pensamento contínuo se fragmenta, perdendo seu fio de condução e a estrutura perispiritual se desfigura completamente, desfazendo sua natural conformação humana, adquirindo o formato aproximado de um ovo, cujas dimensões se aproximam de um crânio infantil”.

Roupagem Fluidica
Quando vamos a um terreiro de Umbanda é normal nos consultarmos com uma entidade incorporada que pode ser um Caboclo, um Preto Velho ou uma Criança, so para citar alguns exemplos.
Mas na realidade quem são estas entidades ?
Estas entidades são seres muito mais elevados e espiritualizados que nós encarnados. Estes seres não mais encarnarão na Terra.
Estas formas de apresentação das entidades nos terreiros se chamam roupagem fluídica, que são utilizadas pelas entidades para conseguirem chegar mais próximas de nós, que ao vermos um Caboclo incorporado logo o associamos com segurança, um Preto Velho com humildade e uma Criança com pureza.
Estas entidades já encarnaram em diversas raças, já passaram por todas as idades, assim sendo trazem muita experiência para nós encarnados.
Os Caboclos atuam mais com as energias físicas, com a saúde. Os Pretos Velhos amenizam pensamentos confusos gerados pela rotina diária e as Crianças atingem os sentimentos.
O trabalho destas entidades é enorme, tentando colocar no coração dos homens a paz de Oxalá, por isso assumem caracterizações ao incorporarem, para se tornarem mais acessiveis a crença do povo humilde e carente que normalmente frequenta um terreiro de Umbanda.
Haja vista que um espirito ele pode assumir formas que lhe são permitidas dentro de sua faixa vibratoria, conforme sua evolução.

Velas na Umbanda

Velas na Umbanda
Dentro da magia universal as velas foram sempre utilizadas na maior parte dos rituais em que se precisa realizar algum contato com forcas superiores ou inferiores, isto, claro, dependendo da moral de quem vai se utilizar das forças mágicas, já que magia não pode ser distinta de forma especifica em branca ou negra, pois estes aspectos são facetas interiores daquele que pretende mobilizar certas forças cósmicas.
Não temos uma noção exata, de quando se iniciou o uso das velas religiosamente, mas seja em uma vela feita em parafina, cera, ou uma lamparina, esta chama possui um calor e luz, e faz assim chamar a nossa atenção para irmos de encontro com o nosso íntimo, buscarmos respostas e entrarmos em sintonia com os seres que nos são afins.
A maioria de nós já fez um primeiro ritual com velas, por volta dos três anos de idade. Lembra-se dos seus primeiros aniversários? Soprar as velas do bolo e fazer um pedido? Este costume da infância baseia-se em dois princípios mágicos muito importantes: a concentração e o uso de um símbolo para focalização.
Em termos simples quer dizer que se você quer que algo aconteça, precisa primeiro se concentrar(fazer o pedido) e então associar o seu desejo mágico ao ato simbólico de soprar as velas. A força de sua vontade faz o sonho realizar-se. Técnicas análogas são usadas na magia e no ritual das velas.
A casa do sonho de qualquer arquiteto, o livro de sucesso de qualquer escritor, e a obra-prima de qualquer pintor foi primeiro concebida na imaginação, na mente do artista. Assim, todo ato cumprido, todo resultado perfeito do trabalho mágico é primeiro praticado e finalizado na mente do mago. Os atos rituais que se seguem são destinados a agir como agentes solidificadores para concretizar uma forma de pensamento projetada e enviada pela mente de quem acende a vela. Em essência, o ritual age como o impulso que traz o pensamento, desde a imaginação completada até a manifestação física no plano material.
A chama da vela é a conexão direta com o mundo espiritual superior, sendo que a parafina atua como a parte física da vela ou símbolo da vontade, e o pavio a direção.
As velas vieram para a Umbanda por influência do Catolicismo.
Nos terreiros, há sempre alguma vela acesa, são ponto de convergência para que o umbandista fixe sua atenção e possa assim fazer sua rogação ou agradecimento ao espírito ou Orixá a quem dedicou. e tambéms servem como pontos de firmezas no terreiro para realização dos trabalhos.
Ao iluminá-las, homenageia-se, reforçando uma energia que liga, de certa forma, o corpo ao espírito.
A função da uma vela, que já foi definida como o mais simples dos rituais, é no seu sentido básico, o de simplesmente repetir uma mensagem, um pedido.
Passo fundamental no ritual de acender velas. O pensamento mal-direcionado, confuso ou disperso pode canalizar coisas não muito positivas ou simplesmente não funcionar. Diz um provérbio chinês: "cuidado com o que pede, pois poderá ser atendido". A pessoa se concentra no que deseja e a função da chama é o de repetir, por reflexo, no astral, a vontade e o pedido do interessado. Existem diversos fatores dentro da magia no tocante ao numero de velas a serem acesas e outros detalhes.
O ato de acender uma vela deve ser um ato de fé, de mentalização e concentração para a finalidade que se quer. É o momento em que o médium faz uma "ponte mental", entre o seu consciente e o pedido ou agradecimentos à entidade, Ser ou Orixá, em que estiver afinizando.
Muitos médiuns acendem velas para seus guias, de forma automática e mecânica, sem nenhuma concentração. É preciso que se tenha consciência do que se está fazendo, da grandeza e importância(para o médium e Entidade), pois a energia emitida pela mente do médium, irá englobar a energia ígnea(do fogo) e, juntas viajarão no espaço para atender a razão da queima desta vela.
Sabemos que a vida gera calor e que a morte traz o frio. Sendo uma chama de vela cheia de calor, ela tem amplo sentido de vida, despertando nas pessoas a esperança a fé e o amor.
Quem usar suas forças mentais com ajuda da "magia" das velas, no sentido de ajudar alguém, irá receber em troca uma energia positiva; mas, se inverter o fluxo de energia, ou seja, se o seu pensamento estiver negativado(pensamentos de ódio, vingança, etc.), e utilizar para prejudicar qualquer pessoa, o retorno será infalível, e as energias de retorno serão sempre maiores, pois voltarão com as energias de quem as recebeu.
A intenção de acendermos uma vela gera uma energia mental no cérebro; e essa energia que a entidade irá captar em seu campo vibratório. Assim, mais uma vez podemos dizer que: nem sempre a quantidade está relacionada diretamente à qualidade, a diferença estará na fé e mentalização do médium.
Desta forma, é inútil acreditar que, podemos "comprar favores" de uma entidade, negociando com um valor maior de quantidade de velas. Os espíritos captam em primeiro lugar, as vibrações de nossos sentimentos, quer acendamos velas ou não!
Seria bom se ao menos semanalmente acendêssemos uma vela branca (ou sete dias), para nosso Anjo de Guarda.É uma forma de mantermos um "laço íntimo", de aproximação.
Em contrapartida, aconselhamos que caso se deseje acender velas para um ente querido, já desencarnado, se faça em um lugar mais apropriado(cruzeiro das almas do terreiro, cemitério, igreja) e não dentro de vossas casas; isto porque, ao mentalizarmos o desencarnado, estamos entrando em sintonia com ele, fazendo a ponte mental até ele, deixando este espírito literalmente, dentro de nossas casas. O que não seria o correto, pois estaríamos fazendo com que fique mais "preso" ao mundo carnal, atrasando assim a sua evolução espiritual. Agora ao fazermos isso em um local apropriado, estes locais já possuem "equipes de socorristas" e doutrinadores, os quais irão ajudá-lo na compreensão e aceitação de seu desencarne(morte).
A cera natural, vinda das abelhas, é impregnada dos fluidos existentes nas flores, em grande quantidade. Este elemento, vindo da natureza, é utilizado na prática do bem e do mal, como matéria-prima poderosa para somar-se com os teores dos pensamentos, tornando eficaz o trabalho e o objetivo ao qual se propõe.
Comparada a uma bateria, uma pilha natural, a cera sempre foi utilizada em larga escala na magia.
É considerada, na espiritualidade, como uma das melhores oferendas por ter, em sua formação, os quatro elementos da natureza ativos, desprendendo energia. O fogo da chama, a terra e água (através da cera), o ar aquecido queimando resíduos espirituais.

Tipos de VelasExistem de várias formas, tamanhos e cores, mais qualquer uma delas será aceita se oferecida de coração puro.
Tamanhos: Existem no mercado, além das velas de tamanho comum, as de 1 hora, 3 horas, 7 horas, 3 dias, 7 dias e 21 dias.
Decorações: Existem também velas decoradas para batizados, com decalques, cobertas de pó dourado, prateado, etc.
Materiais: Basicamente são de cera ou parafina, sendo que as melhores velas são as de cera.

Cor de Velas Entidades(Umbanda)Crianças = rosa ou azul
Caboclos/Caboclas = verde
Baianos/Baianas = amarela
Marinheiros = azul clara ou branca
Pretos Velhos/ Pretas Velhas = branca ou branca e preta(2cores)
Exus = vermelha e preta / preta
Boiadeiros = laranja
Ciganos/Ciganas = qualquer cor menos preta
Pombagiras = vermelha, vermelha e preta.

Cor de Velas Orixás(Umbanda)
Iemanjá = azul clara ou branca
Iansã = amarela
Nanã = lilás
Obaluaiê ou Omulu = branca e preta
Oxalá = branca
Oxossi = verde
Oxum = azul escura
Ogum = vermelha ou vermelha e branca
Xango = marrom

Obs: as cores das velas podem variar conforme o Terreiro ou a indicação de entidades, o passado acima é apenas uma amostragem padrão.
Velas para a linha de esquerda(Exus, Pombagiras, Exus mirins) não devem ser acesas dentro de casa não pq seja algo ruim claro, mas por uma questão de energia de trabalho diferenciada.
Acender no quintal, perto do portão de entrada lado esquerdo de quem entra, cemiterios, encruzilhadas, estradas, praias, ou outros locais especificos.
As demais velas de entidades e Orixás podem ser acesas dentro de casa.

Uso das Águas

Uso das Águas

Sua utilidade é variada. Serve para os banhos de Amaci, para cozinhar, para lavar as guias, para descarregar os maus fluídos, para o batismo. Dependendo de sua procedência (mares, rios, chuvas e poços), terá um emprego diferente nas obrigações.
A água poderá concentrar uma vibração positiva ou negativa, dependendo do seu emprego.
A Água é um fator preponderante na Umbanda. Ela mata, cura, pune, redime, enfim ela acha-se presente em todas as ações e reações no orbe terráqueo, basta exemplificar com as lágrimas, que são água demonstrando o sentimento, quer seja positivo ou negativo.
Sabemos que três quartas partes do globo, do planeta que habitamos, são cobertas por água; 86,9% do corpo humano é composto de água ou carboidratos; mais ou menos 70% de tudo que existe na Terra leva água, tornando-se desta forma o fator predominante da vida no Planeta. Por esta razão, ela é utilizada na Quartinha, no copo de firmeza de Anjo de Guarda.
Ás vezes, um guia indica: Coloque um copo com água do mar ou água com sal atrás da porta.

Qual é o porquê disto?
Por que a água tem o poder de absorver, acumular ou descarregar qualquer vibração, seja benéfica ou maléfica. Nunca se deve encher de água, o copo até a boca, porque ela crepitará. Ao rezar-se uma pessoa com um copo de água, todo o malefício, toda a vibração negativa dela passará para a água do copo, tornando-a embaciada; caso não haja mal algum, a água ficará fluidificada. Nunca se deve acender vela para o Anjo da Guarda, para cruzar o terreiro, para jogar búzios, enfim, sem ter um copo de água do lado. A água que se apanha na cachoeira, é água batida nas pedras, nas quais vibra, crepita e livra-se de todas as impurezas, assim como a água do mar, batida contra as rochas e as areias da praia, também acontece o mesmo, por isso nunca se apanha água do mar quando o mesmo está sem ondas.
A água da chuva, quando cai é benéfica, pura, porém, depois de cair no chão, torna-se pesada, pois atrai à si as vibrações negativas do local.
Por esse motivo nunca se deve pisar em bueiros das ruas, porque as águas da chuva, passando pelos trabalhos nas encruzilhadas, carregam para os bueiros toda a carga e a vibração dos trabalhos; convém notar que os bueiros mais próximos da encruzilhada são os mais pesados, porém não isenta de carga, embora menos intensa, os demais bueiros da rua.
A importância da água pode ser traduzida numa única palavra: ”Vida!”
Sem água a vida é impossível.
A Água está presente em praticamente todos os trabalhos de Umbanda, e sua função é importantíssima.
Por seu poder de propiciar vida ela atrai a vida à sua volta, seja material ou Espiritual.
As águas utilizadas para descarrego, têm funcionamento parecido com a fumaça, sendo que a fumaça carrega as energias consigo similar ao vento, e a água absorve estas energias.
As águas em copos nas obrigações significam energia vital, e nos copos junto às velas de Anjo da Guarda ou atrás das portas de entrada, têm a finalidade de atrair para si as energias que por ali passam, atraídas pela Luz ou passando pela porta.
Os copos de água utilizados para estes fins (Anjo de Guarda ou atrás das portas) devem ser descarregadas pelo menos de 7 em 7 dias, pois senão ficarão saturadas e perderão seu poder de absorção. Esta descarga deve ser feita em água corrente (na pia com a bica aberta, por exemplo), pois simboliza movimento, necessário para transportar as energias absorvidas por ela.

Conhecemos e fazemos uso em rituais de água de procedência de dez campos sagrados:
Rocha - Água detida em saliências nas rochas. Ligada a Xangô - entre suas funções, traz força física, disposição, boa-vontade, sabedoria.
Mar - Ligada a Iemanjá - imã de energias negativas, anti-séptico e cicatrizante, fertilidade, calma.
Mina - Ligada a Nanã - força, vitalidade - é a mais indicada para se utilizar nas quartinhas e em assentamentos de anjo-de-guarda.
Mar Doce - Encontro de rio e mar. Ligada a Ewá - trato do corpo sentimental, humor, bom senso e independência.
Chuva - Ligada a Nanã e Iansã- excelente função de limpeza e descarrego.
Cachoeira - Ligada a Oxum - sentimentos, afeto, força de pensamente, alegria, jovialidade.
Lagoas, Mangues, Poço - Ligada a Nanã - resistência, sabedoria.
Lagos - Ligada a Oxum - inventividade, imaginação.
Orvalhos - Recolhido das folhas, ao alvorecer do dia - Ligado a Oxalá - calma, paciência, fecundidade.
Rios - Ligada a Oxum(águas calmas) e a Obá(águas revoltas) - determinação, bons pensamentos.

Todas podem ser utilizadas em banhos, assim além de portadoras de seus próprios axés, serve de veículo para o axé dos demais componentes do banho.
Em especial, a mayonga é feita usando-se sete destas águas, dependendo do Orixá da Iaô, e no assentamento de Oxalá da casa, enche-se o pote (quartilhão, porrão...) com todas as dez águas citadas.
Estas águas devem preferencialmente ser recolhidas e armazenadas, utilizando-se potes de louça branca virgem, e só utilizadas para esse fim, por filhos de Oxalá ou Iabás.
Algumas águas não podem e não devem ser armazenadas por muito tempo, "água parada apodrece”.

As águas e os Orixás femininos(Candomblé)
A água é muito utilizada nas casas de Candomblé. Em muitos ritos ela aparece tendo um significado muito importante, desde o rito do padê, até o ritual das águas de Oxalá.
Colocar água sobre a terra significa não só fecundá-la, mas também restituir-lhe seu sangue branco com o qual ela alimenta e propicia tudo que nasce e cresce em decorrência, os pedidos e rituais a serem desenvolvidos. Deitar água é iniciar e propiciar um ciclo. As águas de Oxalá pelas quais começa o ano litúrgico yorubá tem precisamente este significado.
É comum ao se chegar a uma entrada de uma casa de Candomblé vir uma filha da casa com uma quartinha com água e despejar esta água nos lados direito e esquerdo da entrada da casa. Este ato é para acalmar Exu e também para despachar qualquer mal que por ventura possa estar acompanhando esta pessoa. Neste caso, a água entra como um escudo contra o mal.
Entre os orixás femininos, destacamos aqui Nanã que está associada à terra, à lama e também às águas. Nanã no antigo Daomé, é considerada como o ancestral feminino dos povos fons.
Outro Orixá feminino associado à água é a orixá Oxum. Oxum tem toda a sua história ligada às águas pois, na Nigéria, Oxum é a divindade do rio que recebe o mesmo nome do orixá.
Oyá ou Iansã, divindade dos ventos e tempestades, também está ligada às águas, pois na Nigéria Oiá é dona do rio Niger, também chamado pelos yorubás de Odò Oyá ou "Rio de Oiá".
Não diferente dos demais orixás femininos, Iemanjá também está muito ligada às águas. É o orixá que em terra yorubá é patrona de dois rios: o rio Yemonja e o rio Ogun – não confundir com o orixá Ogum, Deus do ferro. Daí Yemanja estar associada à expressão Odò Iyá, ou seja, "Mãe dos Rios".
Resumindo, a água é um elemento natural aos orixás femininos. Não só dentro do culto de Candomblé, mas como em toda a vida, ela é de suma importância pois, como é dito, a água é o princípio da vida.

Obsessão e Auto Obsessão

Obsessão

A obsessão é uma ação persistente e dominadora provocados pelos encostos, que não respeita o livre arbitrio dominando e provocando o mal e podem ser:
- de espirito encarnado para encarnado
- de espirito desencarnado para encarnado- de espirito desencanrado para desencarnado.
Os efeitos causados por uma obsessão podem ser de efeito fisico ou mental efeito fisico vai desde um mal estar como enjoos, dores de cabeça ate doenças mais graves.
efeito mental vai desde desequilibrio com atitudes agressivas ou ate violentas e perigosas, vicios como uso de drogas e alcoolismo, ou depressão profunda podendo levar ao sucidio.

Encostos(Obsessores)
Encostos são espiritos que carregam consigo energias muito negativas que podem ser encarnados ou desencarnados que projetam ou fazem o mal a outros encarnados ou desencarnados.

Tipos de Encostos

Sofredores
São espiritos desencarnados que cairam no polo negativo por suas proprias vibrações emocionais negativas como o apego emocional ou material.
Sofrem por medo, pois muitas vezes não reconhecem seu estado de espiritos desencarnados, ou por dor, pois em alguns casos seu desencarne foi rapido e doloroso
e não conseguem se livrar desse sensação de dor e medo.
São espiritos que normalmente aceitam a doutrinação e o encaminhamento sem nenhuma resistencia, precisando somente de oportunidade, pois não são maldosos
conscientemente.
Prejudica sim, mas por apego, não percebendo que o maior prejudicado são eles mesmos.
Estão ainda numa faixa vibratoria neutra, mas quando clamam a Deus recebem a oportunidade de serem ajudados e são recolhidos pelos Guias espirituais como Pretos Velhos, Caboclos, Exus de lei, que os encaminham para serem curados e encaminhados para seus lugares de merecimento.

Quiumbas
São espiritos desencarnados evoluidos e conscientes de seus poderes mentais negativos, são os grandes lideres do mal são estas forças negativas que são solicitadas em trabalhos de magia negra e demandas, são também chamados de Zombeteiros.
Algumas vezes desconhecem que são escravos dos grandes Magos Negros.São estes que atacam provocando destruição afetando principal mental do medium e em pouco tempo dominam a vida da pessoa levando a destruição total principalmente espiritual.
São espiritos com grandes exercitos do mal(escravos) localizados nas faixas vibratorias baixas densas e negativas sendo quase impossivel sua doutrinação.
Normalmente são expulsos nos trabalhos de esquerda pelos Exus de lei quando fazem descarrego pesados, ou demancham trabalhos de magia negra e são levados presos ou alguns casos transformados em ovoides conforme merecimento.

Auto Obsessão

Allan Kardec examinando as intrincadas questões da alma, propos uma classificação
dos disturbios espirituais considerando as seguintes possibilidades:
Obsessão simples, Fascinação, Subjugação e Auto Obsessão
A respeito dessa ultima firmou o seguinte juizo “As contrariedades que mais comumente cada um concentra em si mesmo, sobretudo os desgostos amorosos fazem cometer muitos atos excentricos que se estaria errado em levar a conta da obsessão.Frequentemente pode-se ser obsessor de si proprio”

Conceito de Auto Obsessão
Na Auto Obsessão é a propria mente que gera um estado de desequilibrio patologico,
de inadequação aos desafios cotidianos ou de comportamento imaturo a expressar
o lamentavel estado de penuria espiritual que o ser terreno ainda se encontra.

Causas mais frequentes
O homem ante as solicitações costumeiras e os mais variados desafios existenciais
nem sempre se conduz com a dignidade e o equilibrio desejaveis
As vezes arraigado a vibrações que embrutecem o espirito, ora se deixa influenciar por impulsos como a inveja, o egoismo, a luxuria e o ciume, roa se entrega a injustificaveis explosões colericas, motivadas pelo cultivo da irritabilidade e da impaciencia.
Na qualidade de enfermo da alma facilmente descontrola-se e comete atos de agressividade no trabalho, no transito e infelizmente, na intimidade do proprio lar.
Ofende seus entes queridos de maneira desnecessaria, cria situações de constrangimento e tristeza, e as vezes, ate de revolta entre os familiares contribuindo para desarmonia domestica.

Causas mais complexas
Dotadas de uma personalidade menos estruturada e fragilizada em suas bases psicologicas revelam-se indecisas e sem vontade firmada.
se deixam enredar nas malhas de multiplos desajustes por alimentares insistentemente
a terrivel sensação de medo e insegurança de uma forma obsessiva chegando em alguns casos a desenvolverem complicada distonia mental conhecida como Sindrome do Panico nem sempre equacionada pelos metodos terapeuticos tradicionalmente utilizados.
São situações chocantes e bem caracterizadas nas quais despontam os angustiados, e sofredores por antecipação.
Tal contingente de auto obsediados faz da preocupação exagerada a sua rotina de vida e em meio ao desgastante comportamento neurotico alimentam o temor de doenças imaginarias, o receio infundado com o bem estar dos filhos, ou a ideia de que a qualquer momento perderão seus bens materiais.
Formam imenso exercitos de neuroticos cronicos muitos embora por se acomodarem a situação vivenciada, pouco se esforçam para suplantar os maus pensamentos, as ideias hipocondriacas, e as atitudes obsessivo compulsivas, preferindo estagnarem na inercia
moral a que habitualmente se entregam.

Passes

Passes

Muitas informações sobre os passes encontramos na literatura Umbandista, Esoterica,
Espirita, Holistica e assim por diante.
Desde os tempos antigos a imposição das mãos é uma forma de afastar as energias
negativas e auxiliar pessoas enfermas.
Em muitos trechos da Biblia vemos Jesus e seus discipulos impondoa as mãos sobre os necessitados, rogando a Deus que os curassem.
E desde aquele tempo o homem utiliza-se dessa pratica pata aliviar, consolar, melhorar
e até curar doenças físicas e espirituais.
Antes do advento do Espiritismo sabia-se pouco sobre essa pratica, os fenomenos de curas eram envoltos em misterios e tidos como acontecimentos sobrenaturais, chamado ate de bruxaria.
Ao menos publicamente ninguem se aventurava a explicar tais fenomenos, mas com a chegada do Espiritismo, os espiritos superiores começaram explicar o porque das coisas acontecerem.Explicaram que as mãos nestes casos serviam como um instrumento para projeção de fluidos(energias) magnetizadas doados pelo operador e fluidos espirituais trazidos pelos espiritos.Segundo estes fluidos eram absorvidos pela pessoa necessitada
atraves de centros vitais(Chacras), e pelo proprio corpo astral que age como uma esponja.Estavam assim explicados teoricamente as curas praticadas por Jesus e pelos curadores de todos os tempos.
Para os seguidores de Allan Kardec a imposição das mãos sobre uma criatura com a intensão de aliviar sofrimentos, cura-la de algum mal, ou simplesmente fortalece-la
com reequilibrio do corpo fisico e espiritual ficou conhecida como Passe.
Ser um ou uma Passista espirita, é uma tarefa de grande responsabilidade, não precisa ser um santo ou uma santa, mas necessita esforçar-se na melhoria intima e aprendizados, precisa estar de coração aberto a ajudar de forma sincera o proximo

Forma de Passes
Existem os passes que são dados pelos mediuns sem incorporar apenas irradiados e assistidos por mentores ou entidades proximas e os passes que são dados pelos proprios mentores ou entidades incorporadas nos mediuns.
Nos Centros Espiritas em Mesa Branca são dados passes das 2 formas com mediun ou com mentor incorporado no mediun(sem consulta).
No terreiros de Umbanda é dado passe com a entidades incorporadas que da consulta também.

Tipos de Passes
Magneticos – É um tipo de passe que a pessoa doa doa seus fluidos utilizando a força magnetica existente no proprio corpo perispiritual.
Em tese todos aquelas pessoas com boa vontade de coração de ajudar o proximo pode aplicar esse tipo de passe.Agora a qualidade e eficiencia desse passe varia de acordo com a condição moral do passista
Esse tipo de passe é muito comum, por exemplo, em benzimentos e nos Centros Espiritas de Mesa Branca.
Nesse tipo de passe não há incorporação espiritual, mas geralmente passista será auxiliado de perto por um mentor ou entidade, isso ocorre por os espiritos de luz sempre ajudam aquelas pessoas imbuidas de boa vontade que atendem aos mais carentes.
Lembrando que esse ajuda espiritual é independente da crença que esse passista possa ter em Deus ou na espiritualidade, bastando passista estar imbuida na boa vontade de coração.
Espiritual - Esse tipo de passe é necessario ser um mediun tendo todo um preparo e desenvolvimento espiritual.
Nesse tipo de passe é a entidade incorporada no mediun e atraves desta materia, que realizara o passe diretamente atuando no perispirito e eterico do consulente que esta enfermo ou perturbado, recebendo fluidos mais apurados e fortes do que num passe magnetizado, porque é a entidade que esta aplicando diretamente atraves da incorporação.
É muito comum nos terreiros de Umbanda, embora no Kardecismo também exista mas é dado de maneira e alcance bem diferente, pois são caracteristicas bem diferentes de trabalho.
Na Umbanda os passes espirituais varia de energização a descarregos leve ou pesados,e no Kardecismo os passes espirituais se direciona a energização e dispersão.

Mediunidade

Mediunidade palavra tão simples dita tão comumnete mas que envolve grande complexidade.
Desde que se tem conhecimento da história da humanidade presenciamos a mediunidade atuando nas mas diversas formas, sobre todos os seres na mais remota antiguidade sempre buscaram um conhecimento superior a vida terrena.
Verificamos em varias epocas que se apresentaram individuos com dons diferenciados
que conforma a crença de cada civilização receberam denominações diferentes: magos, profetas, pitonisas.
Quantos foram chamados de “perturbados”, “alucinados”, “loucos”, por terem capacidade de pressentir ou adivinhar fatos que posteriormente aconteceram?
Quantos foram tidos como “endemoniados” e outras tolices por sentirem com antecipação situações que se tornaram reais?
Perguntas estas que poderiam continuar para se ter a ideia de momentos dificeis que individuos normais como nós passaram pelo simples fato que apenas tinham a mediunidade como um dom.
Essa não compreensão da maioria ocorreu em diversas epocas da história Vemos que o mundo evoluiu e o preconceito de hj em dia mesmo que exista ignorancia não chega nem perto da violencia que era praticada no passado.
Felizmente o mundo esta em evolução para compreensão e entendimento do que seja a mediunidade nos seres e a utilização desta para o bem e onde se evoluiu o espiritismo.
A sabedoria milenar da antiga India, os ensinamentos dos Lamas no Tibete, a ciência e a técnica espiritual dos antigos egipcios são exemplos dos segredos que ficaram guardados, mas a partir de 1850 atraves de Allan Kardec o espiritismo ganhou enfase e estudos começaram a ser feitos, as primeiras manifestações compreensiveis ocorreram
materializações e a partir dai começou a ser explicados de maneira doutrinaria com a codificação.
No continente africano, os povos buscavam a mesma espiritualidade de forma diferente praticavam sua espiritualidade atraves dos Orixás, ao som dos tambores, recebiam as mesmas comunicações que os espiritas europeus e atraves do jogo de buzios previam o futuro.
No Brasil os nossos indigenas também praticavam a mesma espiritualidade, no contato com a mata, as cachoeiras, o mar, e também fazendo uso de ervas para diversas funções atraves do pajé que também era curandeiro das tribos.
Com a colonização do Brasil, a vinda de uma grande quantidades de negros como escravos, trouxe com tempo uma mistura destas espiritualidades praticadas: a africana, a europeia e a indigena, que se complementaram e somaram-se ao sincretismo dos santos da Igreja Catolica já existente também.
A Umbanda que posteriormente surgiu baseou-se nessa mistura cultural do Brasil do seu antepassado.
Para entendermos a Umbanda é preciso que conheçamos alguns conceitos sobre vibrações e a maneira como elas podem ser percebidas e manipuladas pelos mediuns.

Magnetismo
São energias, vibrações Existem no Universo varios tipos de magnetismos:
o animal, o vegetal, o mineral manifestando-se:
Nos seres humanos o magnetismo se mostra
através dos Chakras que são pontos de energias espalhados pelo nosso corpo que sera explicado posteriormente.
Nos vegetais atraves das plantas e ervas usadas para chás, banhos e defumações, onde a energia contida nestes vegetais são utilizadas para as mais diversas finalidades como cura, energizações positivas e afastamento dos fluidos negativos.
Nos minerais atraves de certas pedras que reproduzem imantações beneficas nos mais diversos usos.

Fluidos
Alem da apresentação da materia em seus 4 estados fisicos: solido, liquido, gasoso e plasma, a materia se apresenta também de forma sutil, chamada fluidos.
Existem em cada ser mediun um acumulo dessa energia, que varia de acordo com as disposções organicas e mentais, os fluidos podem sair das mãos e dos pés de cada mediun transmitindo-se, os videntes muitas vezes podem conseguir ver e os sensitivos sentir tais energias fluidicas quando transmitidas.
A transmissão destes fluidos pode ser feitas por mediuns qdo fazem benzimentos sem incorporar são chamados passes magnetizores.

Tipos de Mediunidades
Manifestações mediunicas envolve sempre alguma forma de contato com mundo espiritual, existem muitos tipos diferentes de mediunidades, mas os principais são:
Vidência, Incorporação, Intuição, Audiência, Psicografia, Transporte, Desdobramento, Cura espiritual.

Mediunidade de Vidência
O medium vidente é aquele que vê, percebe a entidade, o fluído, a projeção, a irradiação, que aparece como um facho luminoso, com cores que dependem da origem da vibração.
A visão se dá através do Espírito e não com os olhos, daí a compreensão do fato que os videntes "enxergam" o mundo espiritual mesmo com os olhos fechados.
Para exercer a vidência, é preciso que além do médium possuir esse tipo de capacidade
mediúnica, tenha sua faixa vibratória regulada, isto é, que seu guia chefe(entidade principal) lhe proporcione a vidência, funcionando quase como um espelho.
Em uma mesma gira os mediuns videntes não vêem da mesma forma, cada um verá de acordo com sua condição espiritual, os melhores preparados verão falanges mais elevadas.
A vidência pode ser de 3 tipos:
- Direta:- o medium visualiza os espiritos externamente, como se os vê-se com os olhos.
- Intuitiva:- o medium não vê os espiritos como se fosse com os olhos, mas os vê pela mente em pensamentos ou sonhos.
- Focalizada:- o medium fixa o olhar em um ponto, geralmente cristal ou copo com água, e vê através desse ponto focalizado.
A videncia Direta conforme o modo como o medium vidente percebe a entidade se isolada ou junto a outro medium incorporado, pode ocorrer de 4 formas:
- projeção:- o mediun vê apenas um facho de luz, uma coloração, não vê forma humana, não define nem identifica a entidade.
- parcial:- o medium vidente vê a configuração geral, o contorno de uma forma humana ao lado do medium incorporado, mas não consegue identificar.
- acavalamento:- o medium vidente vê a entidade por cima dos ombros do medium, ele percebe seu sexo, suas caracteristicas fisicas, e consegue identifica a entidade se é caboclo, preto velho, exu, pombagira, etc.
- encamisamento:- a entidade toma conta do corpo do medium e o vidente vê a entidade toda de forma perfeita.
Normalmente a videncia é a primeira manifestação de todos os mediuns, quando crianças muitos mediuns de incorporação que não manifestam mais a videncia por aflorar mais a incorporação, foram videntes.
Por isso não se aconselha levar crianças pequenas em certas giras de terreiros a não ser que precisar benzer com Pretos Velhos e Erês, porque se a criança pequena for vidente ela poderá se assustar e assim podendo trazer traumas, que futuramente ira trapalhar seu desenvolvimento espiritual.

Mediunidade de Incorporação ou Psicofonia
A incorporação é a capacidade do medium receber em seu corpo as vibrações do espirito(entidade ou falangeiro). Para que ela ocorre é necessário existir uma sintonia
vibracional entre a mente do medium de incorporação e suas entidades.
Como muitas vezes o Espírito comunicante assume sua personalidade por fala e gestos, se tem a impressão que o Espírito comunicante "entrou" no corpo do médium e, por isso, surgiu naturalmente o termo incorporação.
Sua ocorrência se dá através da exteriorização do perispírito do médium. Permite que o Espírito comunicante tenha acesso(via perispírito) aos centros nervosos de controle de algumas funções orgânicas do médium, tais como: a fala, o movimento de membros e outros mecanismos motores do corpo. Conforme o grau de exteriorização do perispírito, ocorrerá o maior ou menor controle dos centros nervosos do corpo do médium.
Vamos dar um exemplo pra facilitar entendimento de como funciona esse mecanismo: digamos se a mente do medium ta vibrando em 1000 vibrações por segundo e a de determinada entidade sua vibra em 2000 vibrações, está entidade tem que baixar a dela digamos a 1500 e o medium tem que elevar a sua a 1500 no que chamamos extase ou transe mediunico para que haja casamento de sintonia e consequentemente a incorporação ocorra, por isso na Umbanda existe todos rituais como pontos cantados, Atabaques, que transmitem muita energia e que facilita essa elevação vibracional por parte do medium.
Existem 3 tipos de Incorporações mediunicas:
- Inconsciente ou Integral: é extremamente rara hj em dia, ela se da quando mediun tem a capacidade de incorporar dessa forma e ocorre uma integração total entre mediun e entidade, ou seja, uma dominação completa por parte da entidade.
O mediun fica em estado adormecido, perde noção do tempo e de lugar, como se tivesse dormindo, fica totalmente insensivel até inclusive a dor, neste caso não existe nenhuma possibilidade de interferencia por parte do mediun durante a incorporação, é como se o cavalo(mediun) desaparecesse completamente e ficasse outo ser atuando em seu lugar, quando desincorpora não se lembra absolutamente de nada.
- semi consciente ou parcial – o medium fica “meio a meio” perde o controle do corpo
e não controla o raciocinio, perde noção do tempo, mas fica como se fosse expectador de certa forma, vendo embassado, ouvindo meio distante, mas depois sofre umas apagadas e não consegue se lembrar de tudo, fica como se fosse alguns flashs de lembrança.
- consciente: muito comum nos mediuns iniciantes e mesmo também em alguns mediuns experientes, nessa incorporação o mediun perde controle do corpo, perde noção do tempo, mas tem controle de seu raciocinio, ou seja, sabe aonde está, ve tudo, ouve tudo e depois lembra de tudo, fica como se fosse de expectador de todo trabalho de sua entidade.
Nesse tipo de incorporação exige uma imparcialidade do mediun para não interfirir no trabalho de suas entidades, precisa ser serio, honesto e confiante.
Obs: Importante dizer que a incorporação consciente é tão verdadeira quanto a inconsciente ou semi consciente, e as entidades conseguem trabalhar da mesma forma e com a mesma eficiencia, apenas está exige a não interferencia por parte do medium.

Mediunidade de Intuição
Está mediunidade é muito comum também, o medium intuitivo é aquele que recebe em seu pensamento, sob a forma de sugestão ou ordem, certas mensagens provindas de um espirito que se aproxima ou encosta no medium para tal feito.
Depois de um tempo de preparo espiritual tendo a firmeza o medium poderá trabalhar com a intuição para ajudar as pessoas quando possivel.

Mediunidade de Audiência ou Auditiva
O medium auditivo é aquele que recebe, através da audição, as mensagens dos espiritos.
Pode ser:
- Direta:- o medium ouve os espiritos externamente, como se os ouvisse com os ouvidos. O Espírito atua sobre a atmosfera fluídica produzindo o efeito de som que será percebido pelo aparelho auditivo do méduim.
- Intuitiva:- o medium não ouve os espiritos como se fosse com os ouvidos, mas os ouve pela mente em pensamentos ou sonhos. O Espírito transmite ao médium por telepatia. Tem-se a impressão de estar escutando "dentro do cérebro".

Mediunidade de Psicografia
É a capacidade que tem um medium de receber pela escrita a comunicação de um espirito que atua em sua mão.
É um fenômeno importante porque as mensagens ficam permanentes e escritas originalmente como foram transmitidas. No caso da Psicofonia, a recuperação das mensagens dependerá da memória e da interpretação daqueles que escutaram a mensagem falada pelo Espírito. Já na Psicografia, o Espírito escreve a sua mensagem deixando-a na forma original como foi concebida.
Classifica-se quanto ao modo de execução em:
Mecânica
- Tipo muito raro- O Espírito Comunicante atua diretamente sobre a mão do médium- Muito rápida e mantém a forma e a caligrafia personalizadas- Médium não sabe o que se escreve, somente após ler o que está escrito é que toma conhecimento do teor da mensagem
Semi-mecânica
- Mais comum- Espírito comunicante tem domínio parcial do braço e mão do médium- Médium tem consciência do que escreve a medida que as palavras vão sendo escritas
Intuitiva
- Tipo de mediunidade escrevente muito comum- O Espírito interage com a alma do médium transmitindo mentalmente as suas idéias- O médium capta as idéias e serve como um intérprete- Tem conhecimento do que será transmitido antes de escrever

Mediunidade de Transporte
Na Umbanda o conceito de mediun de Transporte é diferente do Kardecismo
No Kardecismo seria momento em que o mediun se desliga do corpo e fica preso apenas pelo cordão umbilical e vai para o espaço astral, realizar ou cumprir determinada tarefa e retorna, para o Kardecista seria o transporte do espirito propriamente de um local para outro sem a materialização, normalmente isso ocorre dormindo, quando é de forma natural.
Mas vamos ao conceito da Umbanda que é o objetivo aqui, na Umbanda o mediun de Transporte é uma capacidade especifica do mediun de incorporação de além de incorporar suas entidades, de puxar espiritos negativos(Kiumbas) de uma pessoa que está com encosto(Obsessor) ou que esteja no ambiente
e também a capacidade de incorporar entidades de outros mediuns que ainda não incorporam, se estas quiserem passar recados.

Mediunidade de Desdobramento
É a condição pela qual o mediun está presente em um local e o seu espirito vai a outro onde se materializa para realizar determinada missão, normalmente também ocorre dormindo, quando de forma natural.

Cura Espiritual
O mediu curador é aquele que possui muita energia magnetica e ao expeli-la
reabastece a pessoa doente promovendo a cura de certas lesões.
As doenças do corpo físico tem origem e reflexos também no corpo
perispírico.Muitas vezes os excessos configuram desequilíbrio do perispírito e, por conseqüência, desajustam o corpo físico e favorecem o aparecimento de males e doenças.
Um períspírito saudável redundara’ num corpo físico saudável.
A cura pela ação fluídica se dá pela ação da conjugação de fluidos agindo sobre o períspírito e refletindo no equilíbrio do corpo físico.
O poder da cura está na razão direta:
- Da pureza dos fluidos produzido
- Fé e vontade de fazer o bem e desejar a cura
- Ação do pensamento, direcionando os fluidos para o fim desejado
Porém a mediunidade de cura se dá pela energia e instantaneidade da ação curadora. O médium de cura age pelo contato com o enfermo.
Os Espíritos combinam os fluidos e por ação magnética atuam diretamente sobre a parte do corpo perispiritual e físico que encontra-se desequilibrada.



domingo, 20 de setembro de 2009

Pontos Riscados

Pontos Riscados

Pemba – Lei de Pemba – Pontos Riscados
A Pemba, giz em forma oval, é o instrumento em que as entidades ou os médiuns traçam linhas, desenhos. Essa grafia, que alguns chamam de grafia dos Orixás, são signos magísticos que abrem ou fecham portas, que trazem ou repelem energias, ativam ou desativam forças astrais e da natureza.
Além disso, é a assinatura, é o emblema símbolo de determinada entidade. É pela grafia, pela lei de pemba, que podemos afirmar se é um caboclo, um preto-velho, qual preto ou qual caboclo e assim por diante.
É uma forma de identificação, mas também de força, ativação e facilitação dos trabalhos.
Na Umbanda os Pontos Riscados, que são a manifestação lei de Pemba, trazem a magia. Cada traço terá um significado e uma importância no ponto de determinada entidade. Serve também como um capacitor de energias, um condensador de energias, ou um diluidor de energias. Além da pemba se utiliza o ponteiro. Uma espécie de adaga sem fio de corte, pontiagudo que é a fixação do ponto.
É a fortaleza e a antena do ponto, é como um para-raio, as energias vão para o ponto e do ponto saem conforme a necessidade.
Os Pontos Riscados são desenhos feitos pelas Entidades incorporadas ou Enviados de Orixás em seus médiuns e possuem função mágica, podendo ter diversos significados diferentes. Cada Entidade porém, possui um ponto de identificação e vários outros pontos para suas magias e mirongas, o primeiro pode ser mostrado sem maiores restrições, como costumeiramente vemos nos nomes das casas de Umbanda e em livros, já os outros são secretos e só a entidade possue seus segredos.

Oferendas

Oferendas e Agrados

Muitas pessoas(principalmente sacerdotes) dizem que os espíritos e os Orixás comem as oferendas. Isso nada mais é do que uma forma de falar, uma gíria, digamos assim, pois os espíritos não sentem fome, pois não possuem mais corpo material. O que as entidades e Orixás no astral utilizam é a essencia, o aroma, por exemplo de uma comida oferecida para o Orixá, então sabemos que espírito não come, o que é utilizado é a fragancia, a energia emanada dessa comida. Quando se faz oferenda você está criando um laço de fortalecimento espiritual com aquele determinado Orixá ou aquela determinada entidade que esta agradando para usarem aquelas energias para ajudar quem faz o agrado.
A oferenda é um motivo de fortalecer essa ligação, não é prêmio.
Espírito que trabalha mediante recompensa é de ordem inferior.
A verdadeira recompensa por uma caridade prestada é o próprio ônus espiritual que ela produz, que será revertido para a entidade que a praticou e seu médium.
Quando uma entidade pede pra um consulente acender uma vela ou fazer tal agrado não é pra satisfazer a entidade que pediu e sim pra ajudar a propria pessoa que está necessitada.
Tudo no universo precisa de equilíbrio para existir, esse equilíbrio se faz com a existência de duas partes em algo, uma parte positiva e outra negativa, pois nada é totalmente ruim e nem totalmente bom. Os alimentos, como tudo que possui vida no universo, são feitos de energias, algumas delas conhecidas pelos espíritos encarnados e outras não. Por isso, são feitas as oferendas, para que a entidade que as estiver recebendo as absorvam através da deterioração do alimento e, não pela ingestão como alguns pouco esclarecidos pensam. Essas oferendas são usadas para o alívio e cura das pessoas.
Todos os seres vivos que habitam o universo, possuem uma energia vital, que muitos a chamam de aura. Essa energia, quando afetada, pode trazer diversos males ao corpo físico, pois a mesma pode ser enfraquecida ou até mesmo carregada de energias negativas, podendo causar até a morte da pessoa doente, pois, tratamentos médicos para males do espírito são completamente inúteis, pois se não for feito um tratamento espiritual adequado imediato, como dito anteriormente, pode haver a desencarnação do doente. As oferendas feitas às entidades e Orixás têm o propósito de fazer com que as mesmas renovem a aura do doente, restabelecendo assim, a sua saúde física, mental e espiritual. As oferendas normalmente são compostas de frutas de todas as qualidades, legumes, vegetais, doces, flores em quantidade e velas de todas as cores.
Lembrando que as oferendas e agrados são rituais e como todo ritual deve ser feito com orientação e com responsabilidades e nunca de forma solitária, e sim de preferencia com a presença de medium experiente pra ajudar em qualquer eventualidade.

Banhos Ritualísticos

Banhos Ritualísticos

Em qualquer época, nos Centros e Terreiros de Umbanda, os banhos tem sido de grande importância na fase de iniciação espiritual; por isso, torna-se necessário o conhecimento do uso das ervas, raízes, cascas, frutos e plantas naturais.

Pequeno Histórico sobre o uso dos Banhos
O banho é a renovação do corpo e da alma, pois quando o corpo se sente bem e se acha refeito do cansaço, a alma fica também apta a vibrar harmoniosamente. Os antigos hebreus já usavam as abluções, que não deixavam de ser banhos sagrados. Moisés, o grande legislador hebreu, impôs o uso do banho aos seus seguidores. O batismo nas águas ministrado por São João Batista, no Rio Jordão, era um banho sagrado. O batismo nas águas é o primeiro banho purificador do ser humano nos dias de hoje, pois as crianças são batizadas ainda pequenas.
Os banhos sempre foram um potente integrante do sentimento religioso, haja vista os povos da Índia milenar serem levados a banhar-se nas águas do rio sagrado, o Ganges, cumprindo assim parte de um ritual que, para eles, é indispensável e sagrado.
Há em toda a época antiga um Rio Sagrado, no qual os povos iam se banhar para purificar-se física ou mentalmente. Na África, a água é tida como de grande poder de força e de magia. Vemos até hoje nos candomblés as Águas de Oxalá. Águas nos potes e tigelas, além de mirongas com água e axé. E quem nunca viu ou ouviu falar em lavar com água-de-cheiro as escadarias da Igreja do Senhor do Bonfim, em Salvador na Bahia.
Para nossos índios, hoje os Caboclos da Umbanda, o banho de Rio era alegria, prazer, lazer, satisfação e descarga. O rio Paraíba é um rio sagrado para os Tupinambás. Nele os índios faziam seus rituais secretos.

Banho de Ervas
O banho de ervas, até como tratamento, não é de religião alguma, é da própria natureza. Se na Umbanda o utilizam, é porque os próprios espíritos desencarnados que se apresentam como pretos velhos, caboclos, crianças etc., conhecem esses princípios e os utilizam largamente. Seus princípios iniciáticos estão relacionados a eles, mas não pode ser esse o motivo da não utilização correta e digna da energia vegetal também pelos espíritas.
As ervas detêm grande quantidade de Axé (Energia mágico-universal, sagrada) quem bem combinadas entre si, detém forte poder de limpeza da aura e produzem energia positiva.
Um banho, com o Axé das ervas dos Orixás, age sobre a aura eliminando energias negativas, produzindo energias positivas.
Um banho de ervas reúne as ervas adequadas a cada caso, agindo diretamente sobre esses distúrbios, eliminando os sintomas provocados pelo acúmulo de energias negativas.
Medicinas como a Ayurvédica (hindu), a chinesa, a tibetana, o xamanismo, a medicina alopática e a homeopatia fazem uso desses recursos naturais há tempos. O uso correto e ético opera verdadeiros "milagres da natureza".
Podemos usar a energia da natureza como auxílio no tratamento de depressões, insônia, ansiedade, angústia e uma série de doenças crônicas.
Com bom senso e é claro, com o acompanhamento médico necessário, tratando o espírito e o corpo(já que as doenças se propagam do perispírito para o corpo físico), nós todos podemos crescer como médiuns e espíritos mais conscientes, e por isso mesmo, mais abertos e livres.

Tipos de Banhos
Basicamente existem dois tipos de banho: de Descarga/Limpeza e de Energização/Fixação

Banhos de Descarga
É o mais conhecido, e como o próprio nome diz, o Banho de Descarga (ou descarrego) serve para descarregar e limpar o corpo astral, eliminando a precipitação de fluídos negativos (inveja, ódio, olho grande, irritação, nervosismo, etc). Suprime os males físicos externamente, adquiridos de outrem ou de locais onde estiverem os médiuns. Este banho pode ser utilizado por qualquer pessoa, desde que seguindo as recomendações das Entidades/Guias Espirituais ou do seu Pai ou Mãe de Santo.
Estes banhos servem para livrar o indivíduo de cargas energéticas negativas. Conforme vivemos, vamos passando por vários ambientes, trocamos impressões com todo o tipo de indivíduo e como estamos num planeta atrasado em evolução espiritual, a predominância do mal e de energias negativas são abundantes. Todos estes pensamentos, ações, vão criando larvas astrais, miasmas e etc., que vão se aderindo à aura das pessoas. Por mais que nos vigiemos, ora ou outra caímos com o nosso nível vibratório e imediatamente estamos entrando nesta faixa vibratória.

Banho de Descarga com Ervas
Quando feito com ervas, as mesmas devem ser colhidas por pessoas capacitadas para tal, em horas e condições exigidas, entretanto, podem ser usadas também as adquiridas no comércio (frescas), desde que quem vá usá-las, as conheça.
Banhos com essências também devem ser utilizados com cuidado, pois contêm muita vibração, somente administrados por pessoas capacitadas.
O banho de descarga mais usado é feito com ervas positivas, variando de acordo com os fluídos negativos acumulados que uma pessoa está carregando, e de acordo com os orixás que a pessoa traz em sua cabeça. O banho de descarga com ervas deve ser tomado após o banho rotineiro, de preferência com sabão da costa, sabão neutro ou sabão de coco.
Um banho de descarga não deve ser jogado brutalmente pelo corpo e sim suavemente, com o pensamento voltado para as falanges que vibram naquelas ervas ali contidas. Ao tomarmos o banho de descarrego podemos também entoar um ponto cantado, chamando os guias que vibram com aquelas ervas ali maceradas.
Ao terminarmos o banho de descarga, devemos recolher as ervas e "despachá-las" em algum local de vibração da natureza como, por exemplo, num Rio (rio abaixo), no mar, numa mata, etc.; Ou até mesmo em água corrente.
Hoje em dia há banhos de descarga que são comprados prontos, mas não são recomendados, pois muitos não são preparados com o rigor que deveriam ser. Pois para preparar um banho, devemos colher as ervas certas, caso contrário, não há efeito positivo e/ou completo.
Após um Banho de Descarga, é aconselhável, que se tome algum Banho de Energização, com ervas de Oxalá, ou com as ervas do Orixá do médium.

Banho de Sal Grosso
Este é o banho mais comumente utilizado, devido à sua simplicidade e eficiência. O sal grosso é excelente condutor elétrico e “absorve” muito bem os átomos eletricamente carregados de carga negativa, que chamamos de íons. Como, em tudo há a sua contraparte etérica, a função do sal é também tirar energias negativas aderidas na aura de uma pessoa. Então este banho é eficiente neste aspecto, já que a água em união como o sal, “lava” toda a aura.
O preparo deste banho é bem simples, basta, após um banho normal, banhar-se de uma mistura de um punhado de sal grosso, em água morna ou fria. Este banho é feito do pescoço para baixo, não lavando os dois chacras superiores (coronário e frontal).
Após o banho, manter-se molhado por alguns minutos (uns 3 minutos) e enxugar-se sem esfregar a toalha sobre o corpo, apenas secando o excesso de umidade. O melhor é não se enxugar, mas vai de cada um.
Algumas pessoas, neste banho, pisam sobre carvão vegetal ou mineral, já que eles absorverão a carga negativa.
Este banho é apenas o banho introdutório para outros banhos ritualísticos, isto é, depois do banho de descarrego, faz-se necessário tomar um banho de energização, já que além das energias negativas, também descarregaram-se as energias positivas, ficando a pessoa desenergizada.
Este banho, não deve ser realizado de maneira intensiva (todos os dias ou uma vez por semana, por exemplo), pois ele realmente tira a energia da aura, deixando-o muito vulnerável.
Existem pessoas que usam a água do mar, no lugar da água e sal grosso.

Banhos de Energização
São recomendados para ativar e afinizar as forças dos Orixás, Protetores de Cabeça e do Anjo da Guarda.
Seus principais efeitos são ativar e revitalizar as funções psíquicas, para uma melhor incorporação; melhorar a sintonia com as entidades.
Este banho reativa os centros energéticos e refaz o teor positivo da aura. É um banho que devemos usar quando vamos trabalhar normalmente nas sessões. Também, podemos usá-lo regularmente, independente de trabalharmos ou não como médiuns.

Amaci
É o banho mais conhecido pelas pessoas que começam a freqüentar os Centros de Umbanda e que somente deve ser indicados por uma Entidade Espiritual ou pelo Guia Chefe do Terreiro, Pai/Mãe-de-Santo, Zelador(a) do Terreiro, Babalaô ou Chefe de Culto. É o banho que derramado da cabeça aos pés, pois é preparado de acordo com o Orixá do médium.
Normalmente quando o filho esta em duvida de quem seja seu Pai ou Mãe de Cabeça, usa-se um Amaci de Oxalá, o qual rege a cabeça de todos nós, pois todos somos filhos de Oxalá.
O banho de ervas(Amaci) age como um neutralizador de correntes negativas, e como um energizador, dando a pessoa força suficiente, para que ela possa sair do estado em que se encontra.

Outros banhos:
Além destes banhos preparados, podemos contar com outros tipos de banhos, que podem ter algum efeito, dependendo da maneira que os encaremos:

Banhos Naturais:
Não são apenas os banhos preparados que são usados para descarga/energização, os banhos naturais são excelentes. Por exemplo: os banhos de cachoeira, de mar, de água de Mina, de chuva(axé de Nanã), de rio, etc.
São banhos que realizamos em locais de vibração da natureza, onde as energias são abundantes. Neste caso, não precisamos nos preocupar em não molhar os chacras superiores (coronal e frontal).Claro que devemos para isto buscar locais livres da poluição.
Dentre eles podemos destacar:
Banhos de Chuva
O banho de chuva é uma lavagem do corpo associada à Nanã; uma limpeza de grande força, uma homenagem a este grande orixá.
Banhos de Mar
Ótimos para descarrego e para energização, principalmente sob a vibração de Iemanjá.
Podemos ir molhando os chacras à medida que vamos adentrando no mar, pedindo licença para o povo do mar e para Mamãe Iemanjá. No final, podemos dar um bom mergulho de cabeça, imaginando que estamos deixando todas as impurezas espirituais e recarregando os corpos de sutis energias. Ideal se realizado em mar com ondas e sob o sol.
Banhos de Cachoeira
Com a mesma função do banho de mar, só que executado em águas doces. A queda d’água provoca um excelente “choque” em nosso corpo, restituindo as energias, ao mesmo tempo que limpamos toda a nossa alma. Saudemos, pois Mamãe Oxum e todo povo d’água. Ideal se tomado em cachoeiras localizadas próximas de matas e sob o sol.

Cuidados no preparo e uso dos banhos de ervas
- Nenhum banho preparado sobre abafação, deve ser jogado sobre a cabeça, exceto os de ervas maceradas dos Orixás que compõe a Coroa do médiun que deve ser jogado frio. Os demais banhos devem ser tomados sempre do pescoço até os pés;
- Ao adentrar numa mata para colher ervas ou mesmo num jardim, saudamos sempre Ossaim ou Ossanha que é responsável pelas folhas;­
- Antes de colhermos as ervas, toquemos levemente a terra, para que descarreguemos nossas mãos de qualquer carga negativa, que é levada para o solo;­
- Não utilizar ferramentas metálicas para colher, dê preferência em usar as próprias mãos, já que o metal faz com que diminua o poder energético das ervas;­
- Normalmente usamos folhas, flores, frutos, pequenos caules, cascas, sementes e raízes para os banhos, embora dificilmente usemos as raízes de uma planta, pois estaríamos matando-a;­
- Colocar as ervas colhidas em sacos plásticos, já que são elementos isolantes, pois até chegarmos em casa, estaremos passando por vários ambientes;­
- Lavar as ervas em água limpa e corrente;­
- Os banhos ritualísticos devem ser feitos com ervas frescas, isto é, não se demorar muito para usá-las, pois o Prana contido nelas, vai se dispersando e perde-se o efeito do banho;­
- A quantidade de ervas, que irão compor o banho, são 1 ou 3 ou 5 ou 7 ervas diferentes e afins com o tipo de banho.­Não usar aqueles banhos preparados e vendidos em casas de artigos religiosos, já que normalmente as ervas já estão secas, não se sabe a procedência nem a qualidade das ervas, nem se sabe em que lua foi colhida, além de não ter serventia alguma, é apenas sugestivo o efeito;
- Banhos feitos com água quente devem ser feitos por meio da abafação e não fervimento da água e ervas, isto é, esquenta-se a água, até quase ferver, apague o fogo, deposite as ervas e abafe com uma tampa, mantenha esta imersão por uns 10 minutos antes de usar;­
- Os banhos não devem ser feitos nas horas abertas do dia (06 horas, 12 horas ou meio-dia, 18 horas e 24 horas ou meia-noite), pois as horas abertas são horas “livres” onde todo o tipo de energia “corre”. Só realizamos banhos nestas horas, normalmente os descarregos com ervas, quando uma entidade prescrever(normalmente um Exú);
- Não se enxugar, esfregando a toalha no corpo, apenas, retire o excesso de umidade, já que o esfregar cria cargas elétricas(estática) que podem anular parte ou todo o banho;
- Após o banho, é importante saber desfazer-se dos restos das ervas. Retiramos os restos das ervas que ficaram sobre o nosso corpo, juntamos com o que ficou no chão. E despachamos em algum local de vibração da natureza como, por exemplo, num Rio(rio abaixo), no mar, numa mata, etc.; Ou até mesmo em água corrente;

Atabaques

A História dos Tambores

Os tambores começaram a aparecer pelas escavações arqueológicas do período neolítico. Um tambor encontrado na escavação na Morávia, foi datado de 6.000 anos antes de Cristo. Tambores têm sido encontrados na antiga Suméria com a idade de 3.000 A . C. Na Mesopotâmia foram encontrados pequenos tambores datados de 3.000 A . C. Tambores com peles esticadas foram descobertos dentre os artefatos egípcios, a 4.000 A . C. Os primeiros tambores provavelmente consistiam em um pedaço de tronco de árvore oco. Estes troncos eram cobertos nas bordas com peles de alguns réptil, e eram percutidos com as mãos, começou-se a usar peles mais resistentes e apareceram as primeiras baquetas. O tambor com duas peles veio mais tarde, assim como a variedade de tamanho.

Atabaques
O atabaque se torna um instrumento Sagrado através dos toques e cantos que são feitos ao qual damos o nome do conjunto de Curimba, são instrumentos de grande importância dentro da casa, pois são os segundos assentamentos mais importantes da casa, fazendo parte da Curimba do terreiro e dão sustentação aos trabalhos, por isso devemos respeitá-los como se fossem Orixás.
O canto e o toque do atabaque fazem parte do ritual de Umbanda, enriquecendo e criando condições para os trabalhos práticos.
São três os atabaques em um terreiro, Rum, Rumpi e Lê, sendo o Rum o atabaque maior com som mais grave, é o atabaque responsável em puxar o toque do ponto que está sendo cantado, no Rum ficaria os Alabê, Ogã, ou Ogã de Sala, como é conhecido por todos, seria o Ogã responsável pelos toques.
O Rumpi seria o segundo atabaque maior, tendo como importância responder ao atabaque Rum, e o Lê seria o terceiro atabaque onde fica o Ogã que está iniciando ou aprendiz que acompanha o Rumpi. O Rum também é responsável para dobrar ou repicar o toque para que não fique um toque repetitivo.
Cada atabaque tem suas obrigações a serem feitas, pois o atabaque praticamente representa um Orixá, ou seja, os atabaques utilizados pelo terreiro são consagrados ali, podendo na grande maioria das vezes serem tocados apenas por filhos e filhas do terreiro, salvo em condições especiais permitidas pelo dirigente ou guia chefe do terreiro.
São geralmente feitos de madeira de lei como o jacarandá, cedro ou mogno cortado em ripas largas e presas umas às outras com arcos de ferro de diferentes diâmetros que, de baixo para cima dão ao instrumento uma forma cônico-cilíndrica, na parte superior, a mais larga, são colocadas "travas" que prendem um pedaço de couro de boi bem curtido e muito bem esticado por um sistema de cravelhos para os Nagôs e os Gegês, e por cunhas de madeira para os tambores Ngomas, nos Congos e Angolas.
O couro também merece cuidados, se passa dendê ou azeite e deixa se no sol para que o couro fique mais esticado, e possa produzir um som melhor no atabaque.
Caso precise ser retirado do terreiro para manutenção, deve ser levado pelo ogã até o altar, ao ariaxé e aos quatro cantos do terreiro antes de sair do mesmo.
Tais instrumentos possuem um papel essencial nas giras. Eles servem para manter o ambiente sob uma vibração homogênea e fazer com que todos os médiuns permaneçam em vibração.
Nos dias de festa, os atabaques podem ser envolvidos com tiras de pano, nas cores do Orixá evocado. Durante a cerimônia, eles saúdam com um ritmo especial, a chegada dos membros mais importantes da Umbanda e estes vem se curvar e tocar respeitosamente o chão, durante uma cerimônia, em frente aos atabaques, antes mesmo de saudar o Pai ou a Mãe de Santo do terreiro.
Existem vários tipos de toques, Angola que se toca com mão, e Ketu se toca com a varinha.
Um Ogã seria como um tatá da casa na maioria das vezes seu conhecimento é quase superior a um Zelador de Santo, para ser um Ogã não basta saber tocar e sim saber o fundamento da casa, saber o canto na hora certa, é de grande importância em um terreiro.Existem também outros tipos de componentes que se usa junto com os atabaques, por exemplo o agogô, chocalho, triângulo, pandeiro, etc.Existem também o Abatá, que seria um tambor, com os dois lados com couro, que se usa muito no Rio Grande do Sul, e na nação Tambor de Mina.
Na Angola existem vários tipos de toques, onde cada toque é destinado a um Orixá, por exemplo, Congo de Ouro, Angolão que seria destinado a Oxossi, Ijexá que seria destinado a Oxum, etc.O mesmo acontece com ketu, que se toca com varinha de goiabeira ou bambu, chamadas aguidani.
Na Umbanda os atabaques são tocados com as mãos pelos mediuns Ogãs que normalmente também puxam os pontos ou tocados também por Atabaqueiros e o ritmo de toque mais utilizado é o Barra Vento.
O couro dos Atabaques também merecem cuidados, normalmente se usa acender 1 vela embaixo do atabaque para secar e esticar o couro para que possa produzir um som melhor e também pq com tempo de uso o couro vai ficando muito úmido e pode rasgar.

Rituais em que são tocados os Atabaques na Umbanda
Casamento, Batizado, Abertura dos Trabalhos, Saudação aos Visitantes, Saudação a Ogã, Saudação as Autoridades(civil e religiosa), Consagração, Batimento de Cabeça, Amaci, Defumação, Descidas e Subidas das entidades e Orixás, Fechamento dos Trabalhos.

Toques
São, ao todo, mais de quinze toques (ritmos) diferentes. Cada Casa de Santo tem até 500 cânticos. Segundo a fé dos praticantes, os versos e as frases rítmicas, repetidos incansavelmente, têm o poder de "captar" o mundo sobrenatural. Essa música sagrada só sai dos terreiros na época do carnaval, levada por grupos e blocos de rua, principalmente em Salvador, como Olodum ou Filhos de Gandhi.
Na Angola existem vários tipos de toques, onde cada toque é destinado a um Orixá, por exemplo, Congo de Ouro, Angolão que seria destinado a Oxosse, Ijexá que seria destinado a Oxum, etc. O mesmo acontece com ketu, que se toca com varinha de goiabeira ou bambu, chamadas aguidavi.
Existem vários fatores que definem os toques dos pontos. Um dos mais importantes é o ritmo em si; Cada toque possui um balanço, um ritmo característico que os tornam diferentes dos outros (por exemplo, Ijexá e barra-vento, são bem diferentes). Quando um Ogã ouve um ponto novo, ele tende a encaixar, entre os toques que ele conhece, o que melhor vai se adaptar àquela melodia que está sendo cantada.
Por isso é interessante conhecer várias batidas diferentes, assim como muitos pontos diferentes, pois aumentam as "cartas na manga" do Ogã

Existe uma relação entre o toque e o Orixá
Oxalá - Ijexá
Ogum, Xangô, Oxosse, Omolu - Ijexá, Congo de ouro, Barra vento.
Iansã - Congo de Ouro, Barra Vento, Ijexá.
Oxum - Ijexá (maioria), Congo.
Iemanjá - Ijexá
Nanã - Congo, Ijexá.
A variação dos toques depende de vários fatores. Basicamente não existe um toque amarrado aquele Orixá, depende de quem compõe o ponto.
Toques Mais conhecidos:
· Alujá
· Angolão
· Barra Vento
· Congo de Ouro
· Ijexá
· Samba
· Samba repicado

O uso do tambor Batá, utilizado por Xango na África, perdeu-se no Brasil, mas foi mantido em Cuba. Os ritmos chamados de Batá são ainda conhecidos por este nome na Bahia. Acontece o mesmo com o ritmo denominado Igbin, dedicado a Oxalá, que na África é batido sobre tambores que levam o mesmo nome. Outros ritmos como, por exemplo, o Ijexá, são tocados em certos terreiros sobre os Ilús, pequenos tambores cilíndricos com duas peles ligadas uma à outra, durante os cultos de Oxum, Ogum, Oxalá.
Existem muitos toques espalhados pelo Brasil e pelo mundo, os citados acima são os mais conhecidos e usados no Brasil.

Anjo da Guarda

Anjo da Guarda

Você sabe a importância dos anjos da guarda na Umbanda?
Bem, os anjos de guarda nos protegem e acompanham a cada dia. E esse acompanhamento também está nas horas de trabalho (sessões). Sim, porque estamos numa corrente espiritual onde espíritos sem luz e perturbados, confusos, enfim vêm contra nós, os Orixás, Guias, Entidades nos protegem, mas a presença do anjo da guarda antes e depois da incorporação é por demais importante.
Um exemplo, normalmente quando uma pessoa sofre um trabalho de demanda, um trabalho contra o bem estar dela, a primeiro reflexo que se nota é o enfraquecimento de seu anjo da guarda, tornando-o distante e deixando a pessoa vulnerável.
É comum que os Guias/Entidades do terreiro, quando se vêem a frente de uma pessoa com demanda, venham a pedir um “fortalecimento para o anjo de guarda”, ou seja, um reforço para restaurar os laços entre você e seu anjo da guarda. Esse reforço consiste em trazer ele mais próximo de você, com mais força para te proteger contra os *ataques* da demanda.

E para os médiuns?
Com toda a certeza, para os médiuns, os anjos da guarda são tão importantes quanto os próprios Orixás e Entidades.
Quando o médium vai incorporar, para que o Orixá/Entidade se aproxime, o anjo de guarda permite a passagem para ocorrer a incorporação. Quando o Orixá/Entidade está incorporado no médium, o anjo da guarda permanece ao lado, pois o médium está protegido por energias do Orixá ou Entidade que está ali.
Quando há o processo de desincorporação, o Anjo da Guarda se aproxima mais, para manter o equilíbrio do médium.
Portanto, os médiuns devem ficar atentos para não oferecer resistência na hora da desincorporação desse Orixá/Entidade, pois existe uma hora certa em que o Orixá deve deixar a matéria e o anjo da guarda se aproximar, não deixando a matéria desprotegida.
O seu anjo da guarda, sempre anda com você em qualquer lugar que você esteja, pronto a lhe proteger; embora você não o veja.
O nosso anjo da guarda é aquele que nos protege a todo instante de nossas vidas... Por isso, devemos manter acesa uma vela com um copo d’água ao lado em um local alto, e fazer orações ao anjo da guarda regularmente, pedindo sempre que nos guie pelos caminhos certos da vida e que nos proteja.
Para quem acredita é muito fácil sentir, ouvir e presenciar a manifestação dos anjos em nossa vida dando inspiração para algo que ocorrerá em nossos dias, mas para pessoas que não acreditam que os anjos existam é totalmente difícil manter o anjo próximo dele, esse pensamento negativo e destrutivo para o anjo o enfraquece e acaba por distanciá-lo.
O céu não tem entradas, lá não precisamos bater; pois, chegando ao fim da jornada, sempre há alguém para nos receber.
Quando o médium fica meio em transe após a incorporação, alguns dirigentes colocam a mão sobre o coração do médium e dizem: “_fulano seu anjo da guarda te chama!”
Esta era uma prática comum antigamente (não há como datar precisamente) de benzedeiras. Elas utilizavam esta frase como uma pequena oração para pessoas que não se achavam plenamente conscientes por vários motivos (mediunizadas, epilepsia, desmaio, etc.).
Tal prática talvez tenha sido trazido para a nossa amada Umbanda por alguma Preta Velha, já que é de pleno conhecimento nosso que muitas Delas foram exímias benzedeiras.
O Anjo da Guarda é visto como o Mentor de nossa razão, de nossa consciência; Desta forma este é um chamado ao restabelecimento da consciência com implicações magísticas.
Ao fazer referência ao nosso anjo da guarda, chamando-nos de volta ao domínio das faculdades no corpo físico após o transe mediúnico, ocorre uma espécie de invocação a nós mesmos.

Banho e Fio-de-Contas
Banhos: Os banhos com ervas de Oxalá servem para fortalecer a sintonia com nosso Anjo da Guarda.
Fio-de-Contas: Todo de miçangas brancas, fazendo uma breve oração a cada miçanga colocada no fio. Deixar 3 dias imantando numa bacia de ágate branca, em um "amaci" feito com água mineral e pétalas de rosa branca (não aquecer a água, apenas despetalar as rosas sob a água).

Orações para o Anjo da Guarda:

Santo Anjo do Senhor
Meu zeloso guardador
Se a ti me confiou a Piedade Divina
Me governa, me rege, me guarda e me ilumina.
Amém.

*
Anjo de Luz,
Guardião da minha vida.
A Ti fui confiado pela Misericórdia de Deus.
Ilumina meu espírito,
Guarda-me da maldade,
Orienta a minha inspiração,
Fortalece a minha
sintonia com a Espiritualidade Superior e torna-me forte diante
das tempestades que venham a afligir meu intimo.
Lembre-me todos os dias
de não julgar nem ferir.
Banhe a minha mente de
Amor e Harmonia, para
que eu possa tornar o
mundo melhor para aqueles que convivem comigo.
Quero assim me tornar digno de sua proteção e amor.
Assim seja.

Defumação

Defumação

A defumação é essencial para qualquer trabalho num terreiro de Umbanda. É também uma das coisas que mais chamam a atenção de quem vai pela primeira vez assistir a um trabalho.
Em geral a defumação na Umbanda é sempre acompanhada de pontos cantados específicos para defumação.

Histórico Sobre a Defumação:
Desde os tempos imemoriais, dos homens das cavernas, que a queima de ervas e resinas é atribuída à possibilidade da modificação ambiental, através da defumação. Na Umbanda, como em outras religiões, seitas e dogmas, também nos usamos desse expediente, que tem a função principal limpar e equilibrar o ambiente de trabalho de acordo com a necessidade.
Há 4.000 anos, existia uma rota de comércio onde se cruzavam as culturas mais antigas do Mediterrâneo e África. E foi bem no meio desta rota que nasceu a maior civilização desta época: “O Egito”
A antiga civilização do Egito era devotada em direcionar os sentidos ao Divino. O uso das fragrâncias era muito restrito. As fragrâncias dos óleos eram usadas como perfumes, na medicina e para uso estético, e ainda, para a construção nos rituais. Isto confirma que no Egito se utilizava o incenso desde os tempos antigos.
Quando o Egito se fez um país forte, seus governantes importaram em terras distantes, incenso, sândalo, mirra e canela. Os faraós se orgulhavam em oferecer às deusas e aos deuses enormes quantidades de madeiras aromáticas e perfumes de plantas, queimando milhares de caixas desses materiais preciosos.
Todas as manhãs as estátuas eram untadas pelos sacerdotes com óleos aromáticos.
Sem dúvida o incenso egípcio mais famoso foi o kyphi, que se queimava durante as cerimônias religiosas para dormir, aliviar a ansiedade e iluminar os sonhos.
Os Sumérios ofereciam bagas de junípero como incenso à deusa Inanna. Mais tarde os babilônios continuaram um ritual queimando esse suave aroma nos altares de Ishtar.
Tudo indica que o junípero foi o incenso mais utilizado, eram usadas outras plantas também, madeira de cedro, pinho, cipreste, mirto, cálamo entre outras que eram oferecidas às divindades.

O Que é a Defumação?
Ao queimarmos as ervas, liberamos em alguns minutos de defumação todo o poder energético aglutinado em meses ou anos absorvido do solo da Terra, da energia dos raios de sol, da lua, do ar, além dos próprios elementos constitutivos das ervas. Deste modo, projeta-se uma força capaz de desagregar miasmas astrais que dominam a maioria dos ambientes humanos, produto da baixa qualidade de pensamentos e desejos, como raiva, vingança, inveja, orgulho, mágoa, etc.
Existem, para cada objetivo que se tem ao fazer-se uma defumação, diferentes tipos de ervas, que associadas, permitem energizar e harmonizar pessoas e ambientes, pois ao queimá-las, produzem reações agradáveis ou desagradáveis no mundo invisível. Há vegetais cujas auras são agressivas, repulsivas, picantes ou corrosivas, que põem em fuga alguns desencarnados de vibração inferior. Os antigos Magos, graças ao seu conhecimento e experiência incomuns, sabiam combinar certas ervas de emanações tão poderosas, que traçavam barreiras intransponíveis aos espíritos intrusos ou que tencionavam turbar-lhes o trabalho de magia.
Apesar das ervas servirem de barreiras fluídico-magnéticas pra os espíritos inferiores, seu poder é temporário, pois os irmãos do plano astral de baixa vibração são atraídos novamente por nossos pensamentos e atos turvos, que nos deixam na mesma faixa vibratória inferior(Lei de Afinidades). Portanto, vigilância quanto ao nível dos pensamentos e atos.

Existem dois tipos de defumação; a defumação de descarrego e defumação lustral.

Defumação: Seus Efeitos Astrais e Físicos

“Defuma com as ervas da Jurema
Defuma com arruda e guiné
Benjoim, alecrim e alfazema
Vamos defumar filhos de fé”

Deus, perfeito em sua criação, dotou o Homem de vários sentidos,
para que seu espírito tivesse assim portas de comunicação com o
mundo físico, ajudando-o a viver, integrar-se e evoluir nesta escola
chamada Terra.
Dentre estes sentidos está o olfato, que ao captar os aromas, nos
despertam lembranças e associações, aflorando nossas emoções e
fazendo-nos rir, ou chorar de saudades.
Quem já não voltou ao passado, sentindo fragrâncias que fizessem
lembrar a infância distante ? ou, para nós umbandistas, que ao
sentirmos o aroma provindo do charuto ou cachimbo, não lembramos
imediatamente de nossos queridos Pretos Velhos e Caboclos ?!.
Assim, através dos aromas podemos ficar relaxados, agitados,
próximos ou afastados de pessoas, coisas ou lugares. Por este
motivo, os templos do Egito antigo, dos Hindus, Persas, e hoje os
templos umbandistas, católicos, esotéricos etc. Sensibilizam o
olfato através dos odores da defumação, harmonizando e aumentando
o teor das vibrações psíquicas, produzindo condições de recepção e
inspiração nos planos físico e espiritual.
Além de influenciar em nossas vibrações psíquicas, as ervas
utilizadas na defumação são poderosos agentes de limpeza vibratória,
que tornam o ambiente mais agradável e leve. Ao queimarmos as
ervas, liberamos em alguns minutos de defumação todo o poder
energético aglutinado em meses ou anos no solo da Terra, absorção de
nutrientes dos raios de sol, da lua, do ar, além dos próprios elementos
constitutivos das ervas. Deste modo, projeta-se uma força capaz de
desagregar miasmas astrais que dominam a maioria dos ambientes
humanos, produto da baixa qualidade de pensamentos e desejos, como
raiva, vingança, inveja, orgulho, mágoa, sensualidade etc.
Existem, para cda objetivo que se tem ao fazer-se uma defumação,
diferentes tipos de ervas, que associadas, permitem energizar e
harmonizar pessoas e ambientes, pois ao queimá-las, produzem
reações agradáveis ou desagradáveis no mundo invisível. Há vegetais
cujas auras são agressivas, repulsivas, picantes ou corrosivas, que
põem em fuga alguns desencarnados de vibração inferior.
Os antigos Magos, graças ao seu conhecimento e experiência
incomuns, sabiam combinar certas ervas de emanações tão poderosas,
que traçavam barreiras intransponíveis aos espíritos intrusos ou que
tencionavam turbar-lhes o trabalho de magia.
Apesar das ervas servirem de barreiras fluídico-magnéticas pra os
espíritos inferiores, seu poder é temporário, pois os irmãos do
plano astral de baixa vibração são atraídos novamente por nossos
pensamentos e atos turvos, que nos deixam na mesma faixa vibratória
inferior (Lei de Afinidades). Portanto, vigilância quanto ao nível
dos pensamentos e atos.
Convém lembrar que ao manipular o defumador, deve-se estar
concentrado, a fim de se potencializar seus efeitos, impedindo assim
que este ato liúrgico-magístico de limpeza psico-espiritual se
transforme apenas em ato mecânico de agitação do turíbulo.
Salve o Defumador!!!

Defumação de descarrego
Certas cargas pesadas se agregam ao nosso corpo astral durante nossa vivência cotidiana, ou seja, pensamentos e ambientes de vibração pesada, rancores, invejas, preocupações, etc. Tudo isso produz (ou atrai) certas formas de pensamento que se aderem à nossa aura e ao nosso corpo astral, bloqueando sutis comunicações e transmissões energéticas entre os ditos corpos.
Além disso, os lares e os locais de trabalho podem ser alvos de espíritos atrasados, que penetram nesses ambientes e espalham fluídos negativos.
Para afastar definitivamente estas energias negativas e espiritos sem luz do nosso convívio, teremos primeiro que mudar em atos, gestos e pensamentos, afastando de nossas mentes aquela corrente que nos liga a estes seres negativos.
A defumação serve para afastar seres do baixo astral, e dissipar larvas astrais que impregnam um ambiente, tornando-o pesado e de difícil convivência para as pessoas que nele habitam.
Pois bem, a defumação tem o poder de desagregar estas cargas, através dos elementos que a compõe, pois interpenetra os campos astral, mental e a aura, tornando-os novamente "libertos" de tal peso para produzirem seu funcionamento normal.
E por esse motivo, Deus entregou a Ossaim as ervas que, seriam usadas para destruir tais fluídos e afastar estes espíritos.

Defumação Lustral
Além de afastar alguns resquícios que por ventura tenham ficado depois da defumação de descarrego, ela atrai para estes ambientes, correntes positivas dos Orixás, Caboclos, e Pretos Velhos, que se encarregarão de abrir seus caminhos.
Acenda uma vela para o seu anjo de guarda. Levando um copo com água, comece a defumar sua casa ou o seu local de trabalho, da porta da rua para dentro.
Não esqueça que a defumação lustral deverá ser feita depois do descarrego.

Alguns exemplos de Ervas e funções
Abre Caminho: abre os caminhos, atraindo bons fluidos dando força e liderança.
Alecrim: defesa dos males, tira inveja e olho gordo, protege de magias. Afasta maus espíritos e ladrões. Felicidade, cura, proteção, purificação e justiça. Ajuda na recuperação e no tratamento de doenças.Proteção na área profissional. Estimulante para concentração, adivinhação, memória e estudos.
Alfazema: limpa o ambiente e atrai prosperidade e bons negócios, bem como pessoas amigas. Acalma, purifica e traz o entendimento, equilíbrio e harmonia. Amor, sorte e proteção espiritual em todos os aspectos. Favorece a clarividência
Anis Estrelado: propicia boas amizades, bons caminhos, paz e triunfo. Adivinhação, purificação, sorte, amor. Atua tanto no nível material quanto no emocional, produzindo estímulo de natureza positiva. Renova as energias e atrai proteção espiritual contra qualquer mal.
Arruda: defende dos males, remove o efeito de feitiços, corta correntes negativas. Intensifica a força de vontade auxiliando a pessoa que a usa a realizar seus desejos. Proteção.
Benjoim: elimina bloqueios espirituais Atrai energias positivas e combate energias negativas. Purifica o ambiente. Harmoniza nosso raciocínio e diminui a nossa agressividade. Destrói as larvas astrais. Elimina bloqueios espirituais. Para pedidos de ajuda a deus.
Guiné: atua como um poderoso escudo mágico contra malefícios.
Incenso: limpeza em geral, destrói as larvas astrais. Aliado a outros elementos potencializa os efeitos dos mesmos.
Levante: abre os caminhos do ambiente.
Louro: abre caminho, chama dinheiro, prosperidade e dá energia ao ambiente. Negócios, adivinhação, proteção, força, saúde. Atrai a corrente de caboclo.
Manjericão: amor, purificação espiritual, proteção. Chama dinheiro.
Mirra: facilita o contato com os planos superiores, criando no ambiente uma atmosfera de prece e oração. Usado para limpeza astral da casa, afasta maus fluidos e estimula a intuição. Poderoso no equilíbrio das funções do corpo, balanceando o físico e o espiritual. Descarrego forte, afasta maus espíritos. Boa sorte, meditação, cura e proteção. Incenso sagrado usado para limpar após os rituais, e durante eles. Também é usado quando se vai se desfazer alguma demanda ou feitiço.
Palha de Alho: usado para eliminar formas negativas de pensamentos obsessivos. Afasta más vibrações e maus espíritos.
Pó de Café: contra entidades negativas. Elimina formas pesadas de pensamentos e pesadelos. Benéfica para doentes em recuperação.
Rosa: amor, espiritualidade, adivinhação, fertilidade.
Rosa Branca: paz e harmonia

Incenso e “incenso”
Existe uma resina chamada incenso e os “incensos” em varetas.
O Incenso é uma resina gomosa que brota na forma de gotas da árvore Boswellia Carteri, arbusto que cresce espontaneamente na Ásia e na África. Durante o tempo de calor e seca são feitas incisões sobre o tronco e ramos, dos quais brota continuamente a resina, que se solidifica lentamente com o ar. A primeira exudação para nada serve e é, pois, eliminada; a segunda é considerada como material deteriorável; a terceira, pois, é a que produz o incenso bom e verdadeiro, do qual são selecionadas três variedades, uma de cor âmbar, uma clara e a outra branca.

Como defumar e descarregar sua residência e o seu local de trabalho
Às vezes sentimos que o nosso lar ou nosso local de trabalho, estão pesados, inúmeras brigas e discussões acontecem a toda hora, nada dá certo, uma impaciência toma conta, do nosso ser. O ar está carregado com partículas de fluídos negativos que aos poucos vai envolvendo cada um, e tornando as coisas mais difíceis.
Temos primeiro que mudar em atos, gestos e pensamento, afastando de nossas mentes aquela corrente que nos liga a estas energias.
O descarrego destrói as larvas astrais, limpando o ambiente das impurezas, facilitando assim a penetração de fluídos positivos.
Comece varrendo o lar ou o local de trabalho, e acendendo uma vela para o seu anjo de guarda. Depois, levando em uma das mãos um copo com água, comece a defumar o local da porta dos fundos para a porta da rua, que ao final deve ser despachado em água corrente.
Podem-se usar as ervas em sua forma natural, em pó ou em pequenos pedaços moídos, em forma de casca miúda, etc. Para se queimar essas ervas, usa-se normalmente um recipiente chamado turíbulo.

Turíbulos
São recipientes de metal ou barro usados para queimar o incenso.
Na Umbanda, usam-se nas giras ou sessões públicas, o turíbulo como na figura ao lado. Para queimar as ervas usam-se normalmente o carvão vegetal. Lembrando sempre que o carvão vegetal deve estar em brasa e nunca em chamas.
A quantidade de incenso que queira queimar deve ser proporcional ao tamanho da sala e ao número de pessoas presentes. Para isso somente através da experimentação descobriremos a quantidade certa. No caso da defumação, é melhor pecar pela escassez, pois assim poderemos ir adicionando um pouco mais conforme a fumaça for diminuindo, do que acrescentar e sufocar pelo excesso(e isso pode ser até perigoso).

Como Defumamos o Terreiro
Começamos nos defumando ainda com as cortinas ainda fechadas, não esquecendo de defumar nossos fios de conta(guias) antes de coloca-las no pescoço.
Primeiro se defuma o Congá; depois se defuma o pai de santo ou a mãe de santo do terreiro defuma-se os Atabaques; depois se cruza o terreiro de um canto até o seu oposto defumando cada filho ou filha de santo da casa; depois defuma-se a assistência.
Por fim são defumados os demais pontos vibracionais do terreiro (caboclo, cruzeiro, etc.), sendo o turíbulo deixado junto ao portão no final da defumação.
Obs: isso foi apenas uma explicação geral, mas pode muda de um terreiro para outro essa ordem.

Ingredientes do Defumador
Normalmente a base dos defumadores são as seguintes ervas:
Alecrim: defesa dos males, tira inveja e olho gordo, protege de magias. Afasta maus espíritos e ladrões. Felicidade, cura, proteção, purificação e justiça. Ajuda na recuperação e no tratamento de doenças. Atrai a falange dos Caboclos. Proteção na área profissional. Estimulante para concentração, adivinhação, memória e estudos.
Alfazema: limpa o ambiente e atrai prosperidade e bons negócios, bem como pessoas amigas. Acalma, purifica e traz o entendimento, equilíbrio e harmonia. Amor, sorte e proteção espiritual em todos os aspectos. Favorece a clarividência
Benjoim: elimina bloqueios espirituais Atrai energias positivas e combate energias negativas. Purifica o ambiente. Harmoniza nosso raciocínio e diminui a nossa agressividade. Destrói as larvas astrais. Elimina bloqueios espirituais. Para pedidos de ajuda a deus.
Mirra: facilita o contato com os planos superiores, criando no ambiente uma atmosfera de prece e oração. Usado para limpeza astral da casa, afasta maus fluidos e estimula a intuição. Poderoso no equilíbrio das funções do corpo, balanceando o físico e o espiritual. Descarrego forte, afasta maus espíritos. Boa sorte, meditação, cura e proteção. Incenso sagrado usado para limpar após os rituais e durante eles. Também é usado quando vai se desfazer alguma demanda ou feitiço. Faz vibrar a compaixão
Incenso: limpeza em geral, destrói as larvas astrais. Aliado a outros elementos potencializa os efeitos dos mesmos.

Às vezes se acrescenta uma ou mais das ervas abaixo:
Louro: abre caminho, chama dinheiro, prosperidade e dá energia ao ambiente. Negócios, adivinhação, proteção, força, saúde. Atrai a corrente de caboclo.
Anis Estrelado: propicia boas amizades, bons caminhos, paz e triunfo. Adivinhação, purificação, sorte, amor. Atua tanto no nível material quanto no emocional, produzindo estímulo de natureza positiva. Renova as energias e atrai proteção espiritual contra qualquer mal.
Palha de Alho: usado para eliminar formas negativas de pensamentos obsessivos. Afasta más vibrações, Afasta maus espíritos.

Obs: as ervas para defumação devem ser secas e não verdes, e pode-se usar carvão em brasa para ajudar na defumação.